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O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) avançou 1,34% em outubro, acelerando em relação à alta de 0,18% registrada no mês anterior, informou nesta quinta-feira (17) a Fundação Getúlio Vargas. Com esse resultado, o índice acumula aumento de 3,91% no ano e de 5,10% nos últimos 12 meses.
Em outubro de 2023, o IGP-10 havia registrado a variação mensal de 0,52%, porém acumulava uma queda de 4,88% no período de 12 meses.
Segundo Matheus Dias, economista do FGV/Ibre, houve aceleração dos preços ao produtor no mês, impulsionada pelos produtos agropecuários, que continuam a sofrer os efeitos da seca. Nos preços ao consumidor, o acionamento da bandeira vermelha no patamar 2, vigente desde o início de outubro, provocou um aumento nas tarifas de energia elétrica, fator crucial para a elevação do IPC.
Já na construção civil, a alta registrada refletiu principalmente o aumento nos preços de materiais, equipamentos e serviços.
IPA
Em outubro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) teve alta de 1,66%, uma aceleração expressiva em relação à taxa de 0,14% observado no mês anterior.
Os preços dos Bens Finais apresentaram variação de 1,06% no mês, um aumento em comparação com a taxa de 0,60% registrada em setembro. Esse movimento foi impulsionado principalmente pelo subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 1,54% para 3,63%.
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No grupo de Bens Intermediários, a taxa recuou de 0,60% em setembro para 0,21% em outubro. Esse comportamento foi impulsionado pela queda nos preços do subgrupo de suprimentos, que passou de 1,02% para -0,82%.
A taxa do grupo Matérias-Primas Brutas, por sua vez, passou de -0,86% em setembro para 3,94% em outubro. As principais contribuições para a aceleração desse grupo partiram dos itens: minério de ferro (de -8,41% para 1,84%), soja em grão (de -0,99% para 6,58%) e bovinos (de 2,83% para 8,36%).
Em sentido oposto, os movimentos mais relevantes ocorreram nos itens: aves (de 2,03% para 0,61%), suínos (de 8,69% para 4,49%) e mandioca/aipim (de 0,68% para -0,37%).
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IPC
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,53% em outubro. Em setembro, o índice variara 0,02%.
Sete das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Habitação (0,23% para 1,60%), Alimentação (-0,43% para 0,08%), Educação, Leitura e Recreação (-0,10% para 0,57%), Despesas Diversas (0,66% para 1,76%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,18% para 0,32%), Comunicação (-0,11% para 0,30%) e Vestuário (-0,23% para -0,03%).
As principais contribuições para este movimento vieram dos itens: tarifa de eletricidade residencial (de 0,83% para 6,35%), hortaliças e legumes (de -14,92% para -7,75%), passagem aérea (de -1,29% para 4,24%), serviços bancários (de 0,62% para 1,99%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de -0,30% para 0,22%), mensalidade para TV por assinatura (de 0,00% para 3,37%) e calçados (de -0,34% para 0,40%).
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Em contrapartida, o grupo Transportes (de 0,13% para -0,23%) apresentou decréscimo em sua taxa de variação. Nesta classe de despesa, foi citado como destaque o item gasolina (de 0,24% para -0,78%).
INCC
Em outubro, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentou alta de 0,57%, ficando abaixo, portanto, da variação de 0,79% registrada em setembro.
Analisando os componentes do INCC, observam-se movimentações distintas entre os grupos.
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Materiais e Equipamentos que havia subido 0,83% em setembro, variou 0,58% em outubro. No sentido oposto, Serviços, apresentaram alta expressiva, passando de um crescimento de 0,31% em setembro para 0,70% em outubro.
Já a Mão de Obra teve uma aceleração menos significativa, passando de 0,80% em setembro para 0,53% em outubro.