Assinatura digital padrão irá facilitar transações eletrônicas de bancos

Objetivo é unificar os padrões usados pelas instituições financeiras utilizando o formato da Receita Federal, o e-CPF

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Com o objetivo de facilitar as transações eletrônicas entre clientes, empresas e instituições financeiras, os bancos brasileiros estudam adotar em até dois anos, um padrão único de assinatura digital.

De acordo com o diretor de tecnologia e automação bancária da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Carlos Fonseca, a idéia é unificar os padrões usados pelas instituições financeiras, aproveitando o formato criado recentemente pela Receita Federal, o e-CPF.

“A Febraban está recomendando o uso do e-CPF em todas as transações dos bancos e, dentro de um a dois anos, teremos um grande volume de correntistas usando assinatura digital”, disse Fonseca. Metade dos cerca de 160 bancos do país usa algum tipo de assinatura digital em suas operações.

O que é a assinatura digital?

A assinatura digital é um sistema de códigos que permite garantir que os dois lados de uma troca de informações são realmente quem dizem ser. Esse sistema pode impedir fraudes como as que vêm ocorrendo em operações bancárias pela internet, quando sites de bancos falsos atraem clientes desavisados que fornecem suas informações confidenciais.

A tecnologia também impede que dados sejam interceptados no trânsito entre o banco e o cliente, por exemplo. Metade dos cerca de 160 bancos do país usa algum tipo de assinatura digital em suas operações.
O padrão criado pela Receita Federal, de 1.024 bits, já é usado por alguns bancos, mas como não há nenhuma padronização da tecnologia no setor, os custos são elevados.

Investimento no setor de tecnologia

Fonseca não especificou os investimentos do setor no uso de tecnologias de segurança como a assinatura digital, mas citou que os gastos previstos pelo setor em tecnologia este ano são de R$ 11,5 bilhões, cerca de 4,6% maiores quando comparados ao total desembolsado pelas instituições financeiras no ano passado.

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Vale destacar que além da padronização, o setor bancário discute formas de baratear a tecnologia, pois equipamentos leitores de assinaturas digitais custam cerca de US$ 100, afirmou o diretor da Federação dos Bancos.