Jurassic Park da vida real? Empresa quer reviver mamutes e outras espécies extintas

A reconstrução de cromossomos e o sequenciamento genético de alguns animais extintos abriram a possibilidade para empresas de biotecnologia tentarem reviver esses animais

Equipe InfoMoney

Modelo de um mamute exposto no Museu Real Victória, no Canadá. (Foto: Thomas Quine/ Wikimedia Commons)
Modelo de um mamute exposto no Museu Real Victória, no Canadá. (Foto: Thomas Quine/ Wikimedia Commons)

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A ficção científica nunca se tornou tão realista quanto nos últimos anos: inteligência artificial, carros autônomos e casas inteligentes são alguns exemplos. Um novo tópico deve entrar para essa lista em breve: a “desextinção”.

O conceito ganhou força com a recente reconstrução de cromossomos de um mamute que viveu há 52 mil anos na Sibéria. O feito foi publicado na renomada revista de biologia Cell em julho deste ano.

A empresa americana de biotecnologia Colossal Biosciences foi a primeira a se pronunciar sobre seus planos de usar essa descoberta para trazer ao mundo filhotes de mamute ainda em 2028. Não será um mamute autêntico da Idade do Gelo, mas um híbrido, combinando características de elefantes com traços de mamute.

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Essa nova espécie será criada usando técnicas de biologia sintética, bioinformática e clonagem, resultando em um ser que, embora real, terá uma origem complexa baseada em tecnologia.

E não é só no mamute que a Colossal Biosciences está de olho. A empresa lidera os esforços para reviver outras espécies extintas. O tigre-da-Tasmânia, extinto em 1936, e o dodô, uma ave que desapareceu em 1681 devido à caça humana, também estão no radar.

Ben Lamm, CEO da Colossal Biosciences, afirmou ao site Live Science que os cientistas estão mais próximos do que se imagina de reviver espécies extintas. Ele acredita que é “altamente provável” que outra espécie retorne à vida antes do mamute. Isso aconteceria por meio da inserção de genes específicos no genoma de um elefante asiático, o parente mais próximo do mamute.

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Esses genes estão associados a características únicas do mamute, como pelagem densa, presas longas e uma camada significativa de gordura. Contudo, o genoma do mamute ainda é em grande parte desconhecido, e muitos desses genes ainda não foram identificados.

Love Dalén, paleontólogo e professor de genética evolutiva da Universidade de Estocolmo, afirma que recriar um mamute idêntico ao que existia na Idade do Gelo é improvável, já que não se sabe exatamente como eram esses animais.

A Colossal adquiriu mais de 60 amostras de DNA de diferentes mamutes para tentar chegar o mais próximo possível da genética original.