Haddad é vaiado em evento de corretores de seguros, e mediador pede palmas

Após as manifestações, Haddad disse que sua contribuição como professor universitário "supera muitas pessoas" que os autores das vaias admiram

Estadão Conteúdo

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) (Foto: Diogo Zacarias/MF)
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) (Foto: Diogo Zacarias/MF)

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), foi vaiado quando se levantou para discursar no 23º Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros, cuja abertura foi realizada na noite desta quinta-feira (10).

Após as manifestações, o mediador do evento pediu uma salva de palmas para os críticos do ministro, afirmando que era uma honra ter Haddad no evento.

O momento em que Haddad é vaiado está sendo compartilhado por políticos que integram a oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Um deles foi o vereador de São Paulo (SP) Rubinho Nunes (União Brasil).

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O presidente da Fenacor, Armando Vergílio, interrompeu o discurso e pediu “uma salva de palmas” para os críticos. Segundo o presidente da entidade, que é uma das organizadoras do evento que está sendo realizado no Rio de Janeiro até este sábado (12), o episódio representou “a democracia se manifestando”.

“Eu queria, em primeiro lugar, pedir uma salva de palmas para aqueles que vaiaram o ministro. É a democracia se manifestando, isso é bonito. O mais bonito ainda é nós termos, em um evento do setor de seguros e dos corretores de seguros, o ministro de Estado da Fazenda”, afirmou

Após a manifestação da plateia, Haddad rebateu os autores das vaias e disse que a contribuição dele como professor universitário “supera muitas pessoas” que eles admiram. Ao longo do discurso, o ministro da Fazenda detalhou a sua relação com o setor de seguros e destacou a contribuição dele para a criação da tabela Fipe.

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“Não sei quantos políticos trabalharam para o setor de seguros, mas eu tenho certeza que a contribuição que dei como professor universitário supera muitas pessoas que vocês admiram e que talvez não tenham entregado absolutamente nada durante a sua vida pública”, afirmou Haddad.