Vale (VALE3): Como o mercado enxergou a primeira troca na diretoria pelo novo CEO?

Troca na divisão de minério de ferro foi a primeira desde que Gustavo Pimenta assumiu comando da mineradora

Camille Bocanegra

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A Vale (VALE3) anunciou sua primeira alteração de diretoria desde a entrada de Gustavo Pimenta como CEO da companhia. Ele assumiu em 1º de outubro e, ontem (8), foi anunciado que o vice presidente de Soluções em Minério de Ferro, Marcello Spinelli, deixará a empresa. Em seu lugar, provisoriamente, assume Rogério Nogueira, atual diretor de Produto e Desenvolvimento de Negócios, até o final do ano.

Para o Itaú BBA, a notícia tem impacto limitado na estratégia de valor da companhia. Os analistas consideram que a estratégia está bem definida para o minério de ferro. Dentre as estimativas da companhia, estão compor cerca de 70% do portfólio com produtos de alta qualidade, como IOCJ, BRBF e PFCI.

“Especificamente, as prioridades da empresa relacionadas ao negócio de minério de ferro são: i) reduzir os riscos de suas metas de médio prazo relacionadas à estabilidade operacional e à produção de volume; e ii) melhorar a qualidade média de seu portfólio de vendas”, afirma a análise.

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Além disso, o nome de Rogério Nogueira é bem visto no mercado, uma vez que possui vasta experiência em mineração e está na companhia há mais de 10 anos. Nogueira hoje é Diretor de Produto e Desenvolvimento de Negócios da empresa e lidera a estratégia de mega-hubs da Vale, um modelo leve de ativos para atender à indústria do aço.

As ações da Vale (VALE3) nesta quarta-feira caíram cerca de 0,26%. A desvalorização tem pouca relação com a troca na diretoria e sim com a queda no minério de ferro, que recua após decepção de investidores com estímulos na China.