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(Reuters) – O Ibovespa fechou em baixa nesta terça-feira, pressionado pela queda de commodities que minaram o desempenho das blue chips Vale e Petrobras, mas afastado das mínimas do dia, tendo Localiza (RENT3), WEG (WEGE3) e Itaú (ITUB4) entre os principais contrapesos, enquanto Azul (AZUL4) disparou após acordo sobre dívidas.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,38%, a 131.511,73 pontos, tendo chegado a 130.370,77 pontos na mínima e a 132.015,79 pontos na máxima do dia. O volume financeiro somou 20,03 bilhões de reais antes dos ajustes finais.
De acordo com o CEO da BGC Liquidez, Erminio Lucci, a bolsa paulista refletiu a decepção de agentes financeiros com o anúncio feito mais cedo por autoridades chinesas sobre um possível reforço do ponto de vista fiscal do pacote de medidas anunciado recentemente.
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“O mercado se frustrou”, afirmou, acrescentando que o mercado esperava uma política fiscal mais expansionista, e isso acabou não acontecendo, o que pressionou commodities, pressionando empresas atreladas a essas matérias-primas.
Na China, o governo afirmou estar “totalmente confiante” em atingir sua meta de crescimento para 2024, mas não adotou medidas fiscais mais fortes, sinalizando que planeja fornecer o equivalente a 28,3 bilhões de dólares em gastos orçamentários antecipados e projetos de investimento a partir do próximo ano.
“As commodities, que na semana passada foram um motivo de alegria para a bolsa, hoje foram a pedra no caminho”, reforçou o advisor e sócio da Blue3 Willian Queiroz.
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A pressão vendedora, porém, perdeu força, conforme Wall Street abriu no azul e manteve o viés positivo. O S&P 500 fechou em alta de 0,97%, apoiado em ações de tecnologia, enquanto investidores aguardam dados de inflação e o começo da temporada de resultados nos Estados Unidos.
Em paralelo, no Brasil, a aprovação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no Senado, após uma sabatina tranquila, favoreceu o alívio nas taxas dos DI, o que beneficiou ações negociadas na B3. No final da tarde, foi a vez do aval do plenário do Senado a Galípolo.
De acordo com Queiroz, as respostas de Galípolo agradaram o mercado, uma vez que ele defendeu a necessidade de uma política responsável no BC
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DESTAQUES
– VALE ON (VALE3) recuou 3,03%, com o setor de mineração e siderurgia como um todo no vermelho, na esteira do futuros do minério de ferro, com o contrato mais negociado em Dalian, na China, fechando o dia em queda de mais de 2%. CSN MINERAÇÃO ON (CMIN3) perdeu 3,66%.
– PETROBRAS PN (PETR4) caiu 2,01%, com petrolíferas em geral afetadas pelo declínio dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent fechou em baixa de 4,63%, com notícias de um possível cessar-fogo entre o Hezbollah e Israel abrindo espaço para uma pausa no rali recente.
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– ITAÚ UNIBANCO PN (ITUB4) avançou 0,6%, engatando a terceira alta seguida após renovar mínimas desde meados de agosto na semana passada. No setor, BRADESCO PN (BBDC4) subiu 0,13%, enquanto BANCO DO BRASIL ON (BBAS3) cedeu 0,04% e SANTANDER BRASIL UNIT (SANB11) perdeu 0,1%.
– LOCALIZA ON (RENT3) valorizou-se 3,48%, fechando na máxima em mais de duas semanas. No ano, porém, ainda perde 33%.
– WEG ON (WEGE3) subiu 1,7%, reagindo após quatro quedas seguidas por realização de lucros, período em que acumulou um declínio de mais de 4%. No ano, ainda contabiliza uma valorização de 47%.
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– AZUL PN (AZUL4) subiu 7,48%, após chegar a um acordo com arrendadores de aeronaves e fabricantes de equipamentos que envolve troca de cerca de 3 bilhões de reais em obrigações de dívida por emissão de novas ações da empresa. O CEO da companhia aérea disse que a Azul agora quer captar 400 milhões de reais. Na máxima, os papéis dispararam mais de 20%.
– COGNA ON (COGN3) saltou 12,7%, tendo no radar relatório do Bradesco BBI elevando a recomendação dos papéis do grupo de educação para “compra”, citando entre os argumentos expectativa de resultados positivos à frente. No setor, YDUQS ON (YDUQ3) fechou em alta de 5,32%.
– INFRACOMMERCE ON (IFCM3) que não está no Ibovespa, avançou 6,25% após firmar acordo celebrado junto a bancos e credores para implementação de seu plano de reestruturação. A empresa também elegeu Mariano Oriozabala como novo presidente-executivo. Na máxima, subiu 25%.