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A remuneração dos Certificados de Depósitos Bancários sobe enquanto o mercado espera novos aumentos na Selic. Mesmo com a taxa básica de juros subindo, os pós-fixados ainda pagam percentual maior do CDI, que acompanha a Selic.
Um levantamento feito pela Quantum Finance a pedido do InfoMoney mostrou que a taxa média dos CDBs pós-fixados de três anos chegou a 101,03% do CDI na quinzena entre 20 de setembro e 4 de outubro. No período anterior, a média era de 100,60% do CDI.
Nos papéis com vencimento em dois anos, a taxa média subiu de 99,79% para 100,21% do CDI. A remuneração máxima chegou a 120% do CDI.
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Os títulos emitidos pelos bancos se tornam uma alternativa mais atrativa na renda fixa, enquanto os CRAs são vistos com desconfiança pelo mercado financeiro após problemas com títulos emitidos pela AgroGalaxy e perspectivas ruins para o agronegócio.
“Prefiro os CDBs”, diz Beto Saadia, diretor de investimentos da Nomos. “Mais CRAs terão problemas e podem puxar os CRIs junto, já que grande parte dos fundos que investem nesses títulos têm uma mistura das duas coisas e precisarão vender CRIs para dar conta dos resgates”.
Os CDBs atrelados ao CDI são os mais representativos em número de emissões: 170 dos 259 emitidos na última quinzena analisada têm remuneração atrelada à referência da renda fixa.
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Retornos de CDBs indexados ao CDI de 20 de setembro a 4 de outubro | |||||
Prazo (meses) | Taxa mínima (% CDI) | Taxa média (% CDI) | Taxa máxima (% CDI) | Número de títulos | Emissor da maior taxa |
3 | 97,50% | 100,80% | 120,00% | 37 | Banco Master de Investimento |
6 | 97,00% | 100,22% | 109,00% | 17 | Paraná Banco |
12 | 90,00% | 98,26% | 106,00% | 38 | Banco BMG |
24 | 98,00% | 100,21% | 120,00% | 45 | Banco Master de Investimento |
36 | 99,00% | 101,03% | 107,00% | 33 | Banco BMG |
Os CDBs indexados à inflação, que vêm ganhando força no mercado de títulos bancários, também passaram a pagar mais na última quinzena. O juro real médio dos papéis com dois anos de prazo subiu de 6,23% para 6,44%.
Os títulos com vencimento mais longo, em três anos, pagaram, em média, 6,43% além do IPCA, ante 6,05% quinze dias antes.
Retornos de CDBs indexados à inflação de 20 de setembro a 4 de outubro | |||||
Prazo (meses) | Taxa mínima (IPCA+) | Taxa média (IPCA+) | Taxa máxima (IPCA+) | Número de títulos | Emissor da maior taxa |
24 | 6,00% | 6,44% | 6,90% | 33 | Haitong Brasil |
36 | 6,15% | 6,43% | 6,75% | 13 | Haitong Brasil |
Nos prefixados, a única taxa média a cair foi a de papéis com vencimento em seis meses, que recuou de 12% para 11,10% ao ano. Em 12 meses, a remuneração média avançou de 11,33% para 11,75%. Nos vencimentos mais longos, a média passou de 12,15% para 13,77% ao ano.
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Saadia admite que, mesmo em alta, as taxas ainda não são tão atrativas quanto as oferecidas nos certificados de recebíveis, mas avalia que a relação entre risco e retorno dos CDBs é favorável ao investidor.
“Recomendaria aceitar uma taxa menor em troca da proteção do FGC”, o fundo que cobre investimentos de até R$ 250 mil em CDBs caso a instituição financeira emissora não consiga pagar essa dívida.
Retornos de CDBs prefixados de 20 de setembro a 4 de outubro | |||||
Prazo (meses) | Taxa mínima | Taxa média | Taxa máxima | Número de títulos | Emissor da maior taxa |
6 | 11,00% | 11,10% | 11,35% | 8 | Banco ABC Brasil |
12 | 11,40% | 11,75% | 12,05% | 11 | Banco ABC Brasil |
24 | 11,65% | 12,01% | 12,50% | 19 | Haitong Brasil |
36 | 11,80% | 13,77% | 15,00% | 5 | Simpala Financeiro |