Datafolha em SP: Boulos tem 26%, Nunes cai para 24% e empata com Marçal, em alta

Na reta final da campanha, disputa pela prefeitura de São Paulo se intensifica com Marçal e Nunes em trajetórias opostas e indefinição para segundo turno

Marcos Mortari

Os 5 candidatos mais bem posicionados nas pesquisas de intenções de voto para a prefeitura de São Paulo. Da esquerda para a direita: Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Pablo Marçal (PRTB) e Tabata Amaral (PSB)
Os 5 candidatos mais bem posicionados nas pesquisas de intenções de voto para a prefeitura de São Paulo. Da esquerda para a direita: Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Pablo Marçal (PRTB) e Tabata Amaral (PSB)

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A três dias do primeiro turno das eleições municipais de 2024, a disputa pela prefeitura de São Paulo (SP) segue com três candidatos tecnicamente empatados na liderança, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (3), encomendada pela TV Globo e pelo jornal Folha de S.Paulo.

Segundo o levantamento, realizado entre os dias 1º e 3 de outubro, o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição caiu 3 pontos percentuais em uma semana, saindo de 27% para 24% das intenções de voto, e agora está numericamente atrás do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que oscilou de 25% para 26%.

Com o movimento, Nunes empatou com o influenciador e empresário Pablo Marçal (PRTB), que subiu de 21% das intenções de voto para 24% no mesmo período.

Considerando a margem máxima de erro da pesquisa, estimada em 2 pontos percentuais para cima ou para baixo, os três candidatos estão tecnicamente empatados. Isso significa que, se a eleição fosse hoje, não seria possível afirmar quem lidera a disputa, nem quais seriam os dois nomes que iriam para o segundo turno.

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Nunes vinha num platô de 27% das intenções de voto nos últimos 3 levantamentos divulgados pelo Datafolha. Em contraste, Marçal caminhava em um movimento de recuperação nas 2 pesquisas anteriores, após oscilação negativa em 12 de setembro − três dias antes de o influenciador ser atacado por uma cadeirada impetrada pelo candidato José Luiz Datena (PSDB).

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No segundo pelotão da disputa, a deputada federal Tabata Amaral (PSB) oscilou positivamente 2 pontos percentuais em uma semana, para 11%. Já Datena registrou movimento oposto, passando de 6% para 4% no período. Ele está tecnicamente empatado com a economista Marina Helena Santos (Novo), que se manteve em 2%.

Veja os números no cenário estimulado de primeiro turno:

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Votos válidos

De acordo com o Datafolha, considerando apenas os votos válidos (ou seja, ou seja, excluindo abstenções e votos em branco e nulos), esta seria a fotografia da disputa:

O recorte de votos válidos é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para computar os resultados dos pleitos. Se um candidato conquistar mais de 50%, ele é eleito em primeiro turno (sem necessidade de nova rodada de votação entre os dois mais bem posicionados na primeira volta).

Pesquisa espontânea

A pesquisa também testou o desempenho dos candidatos em cenário espontâneo (ou seja, quando o eleitor aponta seu candidato sem que o entrevistador tenha apresentado nomes a ele). Este recorte oferece uma leitura do grau de cristalização do apoio a determinado nome numa disputa (sobretudo às vésperas da votação).

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No caso da corrida pela prefeitura de São Paulo, ele mostra uma pequena vantagem de Nunes na disputa por eleitores conservadores contra Marçal, mas Boulos numericamente à frente dos dois. Veja os números:

Segundo turno

Foram testados três cenários de segundo turno entre os candidatos mais bem posicionados na pesquisa. Segundo o levantamento, Ricardo Nunes derrotaria tanto Guilherme Boulos (52% a 37%) quanto Pablo Marçal (56% a 28%). Em uma eventual disputa entre Boulos e Nunes, o parlamentar levaria a melhor (48% a 36%).

Como é feita a pesquisa?

O Datafolha ouviu 1.806 pessoas acima de 16 anos na cidade de São Paulo (SP) com entrevistas conduzidas presencialmente em pontos de fluxo. A pesquisa está registrada junto à Justiça Eleitoral com o protocolo SP-09329/2024.

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LEIA MAIS: Datafolha realiza pesquisas eleitorais presenciais em pontos de fluxo: entenda a metodologia

O intervalo de confiança é de 95% − o que significa que, se a pesquisa tivesse sido feita mais de uma vez sob as mesmas condições gerais e de período de coleta, esta seria a probabilidade de o resultado se repetir dentro do limite da margem de erro, que foi estimado em 2 pontos percentuais para cima ou para baixo.

Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.