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SÃO PAULO (Reuters) – O Ibovespa fechou em queda nesta quinta-feira, mais do que devolvendo os ganhos dos últimos dois pregões, pressionado particularmente pela queda de cerca de 2% da Vale (VALE3) e preocupações com a cena fiscal, enquanto Petrobras (PETR4) avançou na esteira da alta do petróleo no exterior.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,38%, a 131.671,51 pontos, tendo marcado 131.176,49 pontos na mínima e 133.513,79 pontos na máxima do dia. O volume financeiro somou R$ 23,06 bilhões.
Na visão da analista Júlia Aquino, da XP Investimentos, houve efeito do clima de aversão a risco global com a chance de escalada do conflito no Oriente Médio, mas investidores também seguem atentos à questão fiscal, com dados mostrando um déficit primário do governo federal de R$ 22,4 bilhões em agosto.
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Investidores permanecem desconfortáveis com a situação das contas públicas, mesmo após a Moody’s elevar o rating soberano do Brasil, em meio à desconfiança sobre a capacidade do governo de equilibrar os números à frente, diante de questões como a criação de despesas permanentes com receitas temporárias.
Para alguns estrategistas, a situação fiscal representa um obstáculo para o Brasil capturar benefícios do momento favorável no cenário externo, com queda de juros nos Estados Unidos e estímulos econômicos na China, bem como para a Selic recuar abaixo de dois dígitos.
Na véspera, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reafirmou que juros mais baixos dependem de um choque positivo no fiscal.
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Em Wall Street, os principais índices acionários terminaram com sinal negativo, com agentes aguardando dados do mercado de trabalho norte-americano na sexta-feira, enquanto monitoram a situação no Oriente Médio. O S&P 500 encerrou com decréscimo de 0,17%.
De acordo com analistas do Itaú BBA, o Ibovespa busca um novo intervalo de negociação. “O ponto de atenção está nos 130.000 pontos, que foi a mínima recente deixada”, afirmaram no relatório Diário do Grafista, destacando que, se essa marca for perdida, o Ibovespa entrará em tendência de baixa no curto prazo.
DESTAQUES
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– VALE ON (VALE3) caiu 1,92%, em mais um dia sem a referência dos preços do minério de ferro na China por feriado naquele país, enquanto o contrato de referência da commodity em Cingapura perdeu 0,98% após fortes ganhos no começo da semana.
– PETROBRAS PN (PETR4) subiu 1,23%, favorecida pelo petróleo no exterior, onde o Brent fechou em alta de 5,03%. No setor, PETRORECONCAVO ON (RECV3) ganhou 1,83%, BRAVA ENERGIA ON (BRAV3) avançou 1,14% e PRIO ON valorizou-se 1,11%.
– ITAÚ UNIBANCO PN (ITUB4) perdeu 2,46%, em sessão negativa para o setor como um todo, com SANTANDER BRASIL UNIT (SANB11) caindo 2,3%, BRADESCO PN (BBDC4) cedendo 1,05% e BANCO DO BRASIL ON (BBAS3) recuando 0,92%. No radar, o governo publicou medida provisória adiando o prazo para bancos começarem a deduzir perda com inadimplência no IRPJ e na CSLL.
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– ASSAÍ ON (ASAI3) caiu 5,73%, novamente na ponta negativa após uma trégua na véspera, com o setor como um todo em baixa, assim como outros papéis sensíveis a juros na esteira do movimento dos DIs. O índice do setor de consumo recuou 1,86%, com uma das exceções sendo NATURA&CO ON (NTCO3), que fechou em alta de 2,59%. Na véspera, a fabricante de cosméticos disse que a Baillie Gifford comprou ações da empresa, atingindo uma participação de 5,04%.
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