PMI de serviços do Brasil se recupera de queda e cresce para 55,8 em setembro

PMI composto, que agrega o desempenho da indústria, avançou de 52,9 em agosto para 55,2 em setembro; recuperação no mês foi impulsionada por uma melhoria significativa nas condições de demanda

Roberto de Lira

Comércio de rua no Brasil (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Comércio de rua no Brasil (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços do Brasil se recuperou da queda em agosto e subiu para 55,8 em setembro, informou nesta quinta-feira (3) a S&P Global.

Segundo a pesquisa, as expectativas em relação às perspectivas da atividade de serviços para o próximo ano atingiram o nível mais alto em mais de um ano, mas a criação de empregos recuou.

Já os índices de preços mostraram aumentos mais brandos nos custos de insumos e preços de venda, enquanto as taxas de inflação permaneceram acima das suas respectivas médias de longo prazo.

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Com o dado de serviços divulgado hoje, o PMI composto, que agrega o desempenho da indústria, avançou de 52,9 em agosto para 55,2 em setembro.

Pollyanna De Lima, diretora associada econômica da S&P Global Market Intelligence, disse em nota que o trimestre encerrado em setembro foi o mais forte para o setor de serviços desde o segundo trimestre de 2022.

Segundo ele, essa recuperação foi impulsionada por uma melhoria significativa nas condições de demanda. Porém, embora as empresas tenham permanecido otimistas em relação à demanda promissora a médio prazo, o crescimento do emprego desacelerou para o nível mais fraco em sete meses.

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“Os dados indicaram que as empresas tinham capacidade suficiente para gerenciar os volumes de trabalho existentes, mas alguns participantes da pesquisa observaram que os esforços de recrutamento foram dificultados por falta de mão de obra e reestruturações em andamento”, comentou em nota.

A economista disse ainda que as pressões sobre os custos permaneceram elevadas e em um dos níveis mais altos já registrados em pouco mais de um ano e meio. “Os entrevistados relataram aumentos de despesas em diversas categorias, incluindo eletricidade, internet e alimentos, o que levou a aumentos nos preços de venda, à medida que as empresas repassaram esses encargos aos consumidores.”