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Nashville, EUA (Reuters) – A economia dos Estados Unidos deve apresentar uma desaceleração contínua da inflação, o que permitirá que o Federal Reserve reduza sua taxa de juros básica e, “com o tempo”, atinja um nível que não esteja mais retendo a atividade, disse nesta segunda-feira o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano, Jerome Powell, em comentários que não mostraram nenhuma tendência óbvia em direção a um ritmo mais rápido ou mais lento de reduções dos juros.
“A desinflação tem sido generalizada, e os dados recentes indicam mais progresso em direção a um retorno sustentado a 2%”, o nível de inflação almejado pelo Fed, disse Powell em comentários preparados para conferência da Associação Nacional de Economia Empresarial.
“Se a economia evoluir de forma geral conforme o esperado, a política monetária se moverá ao longo do tempo em direção a uma postura mais neutra”, disse Powell. “Mas não estamos em um curso definido com antecedência. Os riscos são dos dois lados, e continuaremos a tomar nossas decisões reunião a reunião.”
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O Fed reduziu os juros em 50 pontos-base em sua reunião de 17 e 18 de setembro, diminuindo a faixa de 5,25% a 5,50%, a mais alta em 20 anos e que havia sido mantida por 14 meses, para a faixa atual de 4,75% a 5,00%.
As projeções econômicas divulgadas nessa reunião mostraram que a expectativa mediana das autoridades de que a taxa caia ainda mais para a faixa de 4,25% a 4,50% até o final do ano, para a faixa de 3,25% a 3,50% até o final de 2025, com o afrouxamento monetário terminando em 2026 com os juros básicos em torno do nível “neutro” estimado de longo prazo de 2,9%.
No entanto, os investidores estão divididos sobre se o banco central dos EUA entrará em uma série de cortes de 25 pontos percentual agora ou se talvez seja levado a fazer outro grande corte se o mercado de trabalho enfraquecer ou se a inflação desacelerar mais do que o esperado.
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A referência de Powell aos riscos “dos dois lados”, entretanto, aponta para um debate aberto à medida que os dados se acumulam, com a divulgação na sexta-feira do relatório de emprego de setembro sendo o primeiro dos dois principais relatórios do mercado de trabalho que o Fed receberá antes da reunião de 6 e 7 de novembro.
Os dados mais recentes sobre a inflação mostraram uma taxa de apenas 2,2%, próxima à meta do Fed, enquanto o núcleo do índice, que não inclui os custos de alimentos e energia, está estagnado em torno de 2,6% a 2,7% há quatro meses.
Powell, no entanto, disse que acha que “as condições econômicas em geral (…) preparam o terreno para mais desinflação”.
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Os preços de bens vêm caindo, enquanto o setor de serviços, cujos preços antes eram difíceis de segurar, agora aponta para uma inflação “perto de seu ritmo pré-pandemia”, disse Powell.
O progresso na inflação de moradias tem sido “lento”, disse o chefe do Fed, mas “a taxa de crescimento dos aluguéis cobrados de novos inquilinos continua baixa. Enquanto esse for o caso, a inflação dos serviços de habitação continuará a diminuir”.
O mercado de trabalho continua “sólido”, disse ele, com uma taxa de desemprego de 4,2% ainda em um nível baixo e próximo ao que as autoridades do Fed consideram sustentável no longo prazo com a inflação na meta do banco central.
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“De modo geral, a economia está sólida; pretendemos usar nossas ferramentas para mantê-la assim”, disse Powell, acrescentando que o Fed fez “um bom progresso” na redução da inflação sem um aumento acentuado do desemprego.