AtlasIntel: Boulos tem 29%; Marçal, 25%; e Nunes, 23% em SP

Levantamento feito pela internet diverge dos resultados de Datafolha e Quaest e mostra crescimento expressivo de Pablo Marçal

Equipe InfoMoney

Os 5 candidatos mais bem posicionados nas pesquisas de intenções de voto para a prefeitura de São Paulo. Da esquerda para a direita: Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Pablo Marçal (PRTB) e Tabata Amaral (PSB)
Os 5 candidatos mais bem posicionados nas pesquisas de intenções de voto para a prefeitura de São Paulo. Da esquerda para a direita: Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Pablo Marçal (PRTB) e Tabata Amaral (PSB)

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Uma nova rodada da pesquisa AtlasIntel para as eleições pela prefeitura de São Paulo (SP), divulgada nesta segunda-feira (30), mostra o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) e o influenciador Pablo Marçal (PRTB) tecnicamente empatados na liderança da disputa a 6 dias do primeiro turno.

Segundo o levantamento, realizado entre os dias 24 e 29 de setembro, Boulos tem 29,4% das intenções de voto em cenário estimulado e considerando os votos totais (ou seja, incluindo votos em branco, nulos e eleitores indecisos) − uma oscilação positiva de 1,1 ponto percentual em comparação com a fotografia da semana passada.

Já Marçal chegou a 25,4% − em um salto de 4,5 pontos percentuais em comparação com a pesquisa anterior. Considerando a margem máxima de erro, que é estimada em 2 pontos percentuais, ele entrou em situação de empate técnico com Boulos.

O atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, por sua vez aparece com 22,9% das intenções de voto − oscilação positiva de 2 pontos percentuais na mesma base de comparação. Com isso, ele segue tecnicamente empatado com Marçal.

Isso significa que, se a eleição fosse hoje, levando em conta dos dados da pesquisa, não seria possível afirmar com segurança quem terminaria o primeiro turno na liderança, nem o candidato que disputaria um possível segundo turno contra Boulos.

Vale destacar, no entanto, que o levantamento da AtlasIntel diverge das pesquisas recentes divulgadas por outros institutos. Na semana passada, tanto Datafolha quanto Quaest mostraram Nunes numericamente à frente de seus adversários − sendo a primeira, com 27% das intenções de voto e em empate técnico com Boulos (25%), e a segunda, com 25%, em um empate triplo com Boulos (23%) e Marçal (20%).

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A pesquisa AtlasIntel desta semana também mostra que a deputada federal Tabata Amaral (PSB) tem 11,9% das intenções de voto − ante 10,8% apontados na semana anterior.

Já o apresentador José Luiz Datena (PSDB) manteve tendência de queda de mais de um mês, chegando a 3,2% (em agosto, ele chegou a ter 10%). Com o movimento, ele já aparece numericamente atrás da economista Marina Helena Santos (Novo), que chegou a 4,2% das intenções de voto.

O grupo de eleitores indecisos ou que declaram voto em branco ou nulo, por sua vez, somam 2,5% da amostra − ante 8% registrados uma semana atrás.

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Votos válidos

Considerando apenas os votos válidos (metodologia adotada pela Justiça Eleitoral para a divulgação dos resultados dos pleitos), eis o cenário da disputa em São Paulo, segundo a AtlasIntel:

Segundo turno

A pesquisa AtlasIntel também fez 6 simulações de segundo turno entre os candidatos mais bem posicionados na disputa. Segundo o levantamento, Marçal seria derrotado por todos os adversários testados: Boulos (48% a 40%), Nunes (46% a 30%) e Tabata (56% a 38%). Já Boulos seria derrotado por Nunes (37% a 48%) e empataria com Tabata (37% a 35%). A parlamentar, por sua vez, empataria com Nunes (44% a 42%).

Como é feita a pesquisa AtlasIntel?

A pesquisa AtlasIntel realizou 2.190 entrevistas por meio da tecnologia conhecida como Random Digital Recruitment (RDR), na qual os entrevistados são recrutados organicamente durante a navegação de rotina na web em territórios geolocalizados em qualquer dispositivo (smartphones, tablets, laptops ou PCs).

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Esse tipo de pesquisa costuma ser mais acessível em termos de preço comparado a levantamentos face a face ou mesmo por telefone, mas há controvérsia na academia sobre o risco de possível “viés de seleção” dos entrevistados.

Por outro lado, a AtlasIntel argumenta que tal modelo, em comparação com pesquisas presenciais domiciliares ou em pontos de fluxo, “evita o eventual impacto psicológico da interação humana sobre o respondente” e favorece a coleta de respostas mais fidedignas.

Já em comparação com o modelo telefônico, o instituto diz que os levantamentos pela internet permitem “um mapeamento granular de padrões de não resposta, de modo que os vieses decorrentes de taxas variáveis de não resposta possam ser adequadamente tratados durante o processo de construção de cada amostra”.

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A pesquisa divulgada nesta quinta-feira sobre a disputa em São Paulo foi feita com recursos próprios do instituto e está registrada na Justiça Eleitoral com o código SP-02567/2024.