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Compwire: o investimento de R$ 5 mil prestes a faturar R$ 1 bi com data centers

Empresa de tecnologia de Curitiba tem quase três décadas, é parceira da chinesa Huawei e fez seu primeiro M&A

Mitchel Diniz

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Marcos Choinski sempre foi movido pela curiosidade. Desde criança, desmontava os brinquedos que ganhava para entender como eles funcionavam. Nem sempre ele conseguia montá-los de volta, é verdade. Mas foi essa necessidade de descobrir coisas novas que mais tarde o levaria aos estudos da tecnologia da informação – ou “informática”, como a área era chamada em seus tempos de faculdade.

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Aos 20 e poucos anos, ainda no ensino superior, Choinski e o sócio Guilherme Lang abriram a Compwire, empresa de TI especializada em data centers. O curioso é que eles se conheceram por meio dos irmãos, que tocavam juntos outra empresa. Choinski, inclusive, chegou a fazer parte desse negócio – também de tecnologia, mas voltado especificamente para o agronegócio.

A Compwire começou em 1996, em Curitiba, com um investimento inicial de R$ 5 mil e, durante bons anos, todo o faturamento era reinvestido na empresa. No oitavo ano de vida, o negócio deu uma estagnada, admite Choinski, e precisou dar um novo passo. Além de prestar serviços, como instalação, configuração e backup de data centers, passou a atuar também na revenda de equipamentos, indo além do papel de uma consultoria de TI. Foi uma decisão que deu tração à empresa.

Parceria com gigantes

O pulo do gato foi uma parceria para revenda de tecnologia da EMC, multinacional norte-americana que mais tarde seria adquirida pela Dell. A partir daí, a Compwire, acostumada a atender pequenas e médias empresas e até pessoas físicas, passou a ter instituições públicas e governamentais entre seus clientes. Um novo sócio, Fernando Leal, também entrou no grupo.

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A fusão da EMC com a Dell criou uma gigante global do setor de tecnologia, mas para a Compwire em si, não foi lá muito positiva. A Dell rompeu, por e-mail, o contrato que tinha com a Compwire. “Naquele momento, a gente sentiu que o negócio desabou”, disse Choinski, em entrevista ao podcast Do Zero Ao Topo, do InfoMoney (episódio completo abaixo – a reportagem continua após o link).

Dos americanos aos chineses

Mas esse sentimento não durou muito tempo. Em 2018, a Compwire fechou uma parceria similar à da EMC com a Huawei, que buscava parceiros de concorrentes já estabelecidos no mercado brasileiro para fazer negócios. Assim, a empresa curitibana, que ao longo de anos trabalhou com equipamentos dos Estados Unidos, passou a convencer clientes de que a tecnologia chinesa é melhor.

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“O amadurecimento dessa parceria foi produtivo para ambos os lados”, afirma o CEO. Em 2023, a Compwire faturou R$ 720 milhões. E nos próximos dois anos, prevê chegar ao primeiro bilhão. As receitas devem ser impulsionadas com a recente aquisição da BindFlow, uma empresa de soluções tecnológicas, também de Curitiba.

O primeiro M&A (sigla em inglês para fusões e aquisições) da Compwire tem como objetivo aperfeiçoar o negócio de Big Data (análise de dados) que a empresa já vinha tocando de maneira incipiente por conta própria. Choinski descreve a BindFlow como uma “boutique de desenvolvimento” tocada por “um bando de malucos que desenvolvem coisas além da nossa compreensão”.

“A gente tem uma carteira de clientes vasta, cada um com necessidade específica que conseguimos cobrir com as capacidades e as tecnologias que a BindFlow possui”, explica o CEO.

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Sobre o Do Zero ao Topo

O podcast Do Zero ao Topo entra no seu quinto ano de vida e traz, a cada sexta-feira, a história de mulheres e homens de destaque no mercado brasileiro, compartilhando os maiores desafios enfrentados ao longo do caminho e as principais estratégias usadas na construção do negócio.

O programa já recebeu nomes como Fernando Simões, do Grupo Simpar; Stelleo Tolda, um dos fundadores do Mercado Livre; o empresário Abílio DinizRodrigo Galindo, chairman da Cogna; Paulo Nassar, fundador e CEO da Cobasi; Mariane Morelli, cofundadora do Grupo Supley; Luiz Dumoncel, CEO e fundador da 3tentos; José Galló, executivo responsável pela ascensão da Renner; Guilherme Benchimol, fundador da XP Investimentos; e contou dezenas de histórias de sucesso. Confira a lista completa de episódios do podcast neste link.

Mitchel Diniz

Repórter de Mercados