EUA acusam formalmente 3 iranianos por hackearem campanha de Trump

Autoridades norte-americanas observaram um aumento na atividade cibernética iraniana durante este ciclo eleitoral

Equipe InfoMoney

O candidato Donald Trump, durante campanha no Arizona (Foto: Go Nakamura/Reuters)
O candidato Donald Trump, durante campanha no Arizona (Foto: Go Nakamura/Reuters)

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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos apresentou, nesta sexta-feira (27), acusações criminais contra três indivíduos iranianos suspeitos de invadir sistemas da campanha presidencial de Donald Trump e disseminar as informações furtadas para veículos de comunicação.

O procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, destacou que os hackers estavam tentando desestabilizar a candidatura do republicano e que o departamento observou um aumento na atividade cibernética iraniana durante este ciclo eleitoral.

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A campanha de Trump já havia anunciado, em 10 de agosto, que havia sido alvo de um ataque cibernético, com documentos internos sendo roubados e divulgados por agentes iranianos. Embora grandes veículos, como New York Times, Washington Post e Politico, tenham recebido as informações roubadas, decidiram não publicá-las.

O serviço de inteligência americano posteriormente associou o Irã ao ataque, bem como a tentativas de invasão à campanha de Joe Biden, quando ele ainda era o candidato oficial dos democratas.

As autoridades afirmaram que a operação de hackers tinha como objetivo semear divisão e explorar tensões na sociedade americana, visando influenciar um resultado eleitoral que o Irã considerava crucial para seus interesses de segurança.

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Além disso, foi revelado que, no final de junho e início de julho, iranianos enviaram e-mails não solicitados com trechos das informações hackeadas a pessoas ligadas à campanha de Biden, mas não obtiveram respostas. A equipe de Kamala Harris, candidata democrata às eleições presidenciais dos EUA, classificou os e-mails como spam ou phishing — golpe que sequestra dados de vítimas que clicam em links de e-mails maliciosos — e condenou a ação iraniana como “maliciosa e inaceitável”.

As acusações surgem em um contexto de crescente tensão entre Washington e Teerã, com o Hezbollah, apoiado pelo Irã, intensificando ataques contra Israel. Autoridades americanas também informaram Trump sobre uma suposta conspiração iraniana para assassiná-lo, registrada no Gabinete do Diretor de Inteligência Nacional dos EUA, em meio a relatos de um ataque contínuo contra sua campanha.