Haddad conversa com agências de rating e mira grau de investimento: “No caminho”

Antes da viagem a Nova York, onde está para discursar na 79ª Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU), Lula perguntou a Haddad sobre o cronograma para o Brasil recuperar o grau de investimento, perdido em 2015

Equipe InfoMoney

Fernando Haddad, ministro da Fazenda (Foto: Diogo Zacarias/MF)
Fernando Haddad, ministro da Fazenda (Foto: Diogo Zacarias/MF)

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Depois de se reunir com duas das maiores agências de classificação de risco, a S&P Global Ratings e a Moody’s, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse que também terá um encontro com representantes da Fitch Ratings, durante passagem por Nova York.

Fontes ouvidas pelo Estadão, na condição de anonimato, dizem que há uma reunião agendada com o presidente global da Fitch Ratings, Paul Taylor, na terça-feira (24). Haddad e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) devem participar.

As conversas com as classificadoras de risco estão sendo realizadas a pedido do petista. Antes da viagem a Nova York, onde está para discursar na 79ª Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU), Lula perguntou a Haddad sobre o cronograma para o Brasil recuperar o grau de investimento, perdido em 2015, informou o ministro da Fazenda, a jornalistas, mais cedo.

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A recuperação do selo de bom pagador ajudaria a destravar investimentos estrangeiros para o país uma vez que muitos fundos de investimento grandes só podem aportar recursos em mercados que tenham o chamado investment grade.

“A convicção que eu tenho, ouvindo tudo o que eu ouvi, é que nós estamos no caminho. E vamos tentar acelerar o passo o mais rápido possível para recuperar o grau de investimento”, afirmou Haddad.

O ministro afirmou ainda que disse a Lula que recuperar o grau de investimento até o fim de sua gestão, em 2026, é desafiador. “Mas nós vamos trabalhar. Não tem muito cabimento o Brasil não ser grau de investimento”, disse Haddad, citando as condições financeiras do país como, por exemplo, o fato de ser credor internacional.

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Atualmente, o Brasil está a dois patamares de distância de recuperar o selo de bom pagador nas três maiores classificadoras do mundo. Pela Moody’s, o rating do país é o Ba2, e a perspectiva da nota foi melhorada de estável para positiva neste ano. Já pela S&P, o Brasil tem BB, com perspectiva estável. Além delas, a Fitch Ratings reafirmou a classificação do Brasil em BB, com perspectiva estável, em junho último.

(Com Estadão Conteúdo)