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O dólar à vista fechou em alta frente ao real nesta segunda-feira (23), à medida que investidores fazem ajustes após a “euforia” da semana passada com o aumento do diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos.
Após uma disparada de 1%, o câmbio recuou e terminou o dia em leve alta, na segunda sessão consecutiva de ganhos em meio às dúvidas do mercado sobre a capacidade do governo Lula de equilibrar as contas públicas.
Qual a cotação do dólar hoje?
O dólar comercial fechou em alta de 0,25%, a R$ 5,534 na compra e na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento (DOLc1) subia 0,26%, a 5.538 pontos.
Na sexta-feira, o dólar à vista fechou o dia em alta de 1,84%, cotado a R$ 5,521. Em setembro, no entanto, a divisa dos EUA acumula baixa de 1,79%.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,534
- Venda: R$ 5,534
Dólar turismo
- Compra: R$ 5,569
- Venda: R$ 5,749
Leia mais: Tipos de dólar: conheça os principais e qual importância da moeda
O que aconteceu com o dólar hoje?
Nesta sessão, o dólar à vista começou as negociações se recuperando de forma acentuada das perdas acumuladas na semana passada, quando o início de um ciclo de corte nos juros dos EUA, somado à alta da Selic no Brasil, valorizou o real frente à moeda norte-americana, que chegou a R$ 5,42 — menor valor em um mês.
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O aumento do diferencial de juros entre Brasil e EUA, que deve aumentar ainda mais nos próximos meses com as próximas decisões de política monetária, torna a moeda brasileira mais atrativa para investidores estrangeiros.
No entanto, o mercado vem realizando ajustes nas posições desde sexta-feira (20), com o acirramento dos temores com a dinâmica da inflação brasileira e o cenário fiscal, e opta por movimentos defensivos antes de uma nova bateria de dados econômicos nesta semana.
Na sexta-feira, o dólar à vista fechou o dia em alta de 1,84%, cotado a R$ 5,521, encerrando uma sequência de sete sessões consecutivas de perdas.
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“Teve uma certa euforia com o corte do Fed, embora amplamente esperado, e acho que isso vem se dissipando”, disse Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital. “A turma está em compasso de espera defensivo, aguardando a agenda da semana que é importante.”
Ao longo desta semana, os mercados globais aguardam comentários de autoridades do Fed, incluindo o presidente Jerome Powell, e números do índice de inflação PCE, a ser divulgado na sexta-feira (27), para obter novos sinais sobre a trajetória dos juros nos EUA.
No cenário nacional, agentes financeiros voltarão suas atenções para a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária na terça-feira (24) e para os dados do IPCA-15 na quarta (25).
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No cenário externo, por outro lado, o dólar perdia ante os pares emergentes do real, recuando ante o peso mexicano, o rand sul-africano e o peso chileno.
O desempenho da moeda norte-americana em mercados emergentes ocorre na esteira da expectativa por novos estímulos econômicos da China, maior importador de matérias-primas do planeta, o que beneficiaria os países exportadores de commodities.
(Com Reuters)