Azul (AZUL4): Moody’s rebaixa nota de crédito da companhia e cita riscos de liquidez

Rebaixamento reflete os resultados mais fracos da companhia durante 2024 e a consequente queima de caixa

Felipe Moreira

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A Azul (AZUL4) comunicou que agência de classificação de risco Moody’s rebaixou o rating corporativo da empresa para ‘CAA2’ de ‘CAA1’. Ao mesmo tempo, rebaixou para CAA1, de B3, a classificação da dívida sênior garantida, e para CAA2, de CAA1, o rating das dívidas seniores garantidas da Azul Secured Finance LLP (Delaware).

Segundo relatório, o rebaixamento da Azul reflete os resultados mais fracos da companhia durante 2024 e a consequente queima de caixa, o que aumentou os riscos de liquidez. A Azul gerou R$ 1,2 bilhão em EBIT (lucro antes de juros) durante o primeiro semestre de 2024, mas altas necessidades de capital de giro, carga da dívida e despesas de capital levaram a uma queima de caixa cumulativa de R$ 1,2 bilhão no mesmo período.

A Moodys também ressalta que posição de caixa da Azul caiu para R$ 1,4 bilhão no final de junho de 2024, de cerca de R$ 1,9 bilhão no final de 2023, e a empresa tem R$ 5,9 bilhões em obrigações financeiras e de arrendamento vencendo a curto prazo.

Como resultado, conforme a agência de risco, o risco de liquidez da Azul aumentou, e a empresa precisará buscar negociações adicionais com arrendatários e financiamento adicional para atender suas necessidades de liquidez.

“A classificação familiar corporativa Caa2 da Azul (CFR) reflete a exposição da Azul à volatilidade da indústria aérea e aos crescentes riscos macroeconômicos, combinados com seus indicadores de crédito ainda fracos”, diz relatório. “A Azul tem um balanço altamente alavancado e uma cobertura de juros fraca, o que limita a geração de fluxo de caixa livre (FCF) da empresa”, completa o documento.