Candidato de oposição da Venezuela em exílio disse que foi avisado que seria preso

Edmundo González partiu para a Espanha depois de obter garantias de que sua família e suas propriedades na Venezuela estariam seguras

Reuters

Ex-candidato presidencial da Venezuela Edmundo González concede entrevisa à Reuters em Madri
20/09/2024
REUTERS/Juan Medina
Ex-candidato presidencial da Venezuela Edmundo González concede entrevisa à Reuters em Madri 20/09/2024 REUTERS/Juan Medina

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O ex-candidato presidencial da Venezuela Edmundo González disse nesta sexta-feira (20) que buscou refúgio diplomático após ser avisado que as forças de segurança do governo do presidente Nicolás Maduro estavam indo atrás dele.

González, que a oposição afirma ter sido o verdadeiro vencedor da eleição de julhooficialmente considerada vencida por Maduro –, disse à Reuters durante uma entrevista em Madri que poderia ter sido preso e possivelmente torturado se tivesse permanecido na Venezuela.

Ele partiu para a Espanha depois de obter garantias de que sua família e suas propriedades na Venezuela estariam seguras, disse o ex-diplomata de 75 anos, acrescentando que queria ser livre para buscar o apoio de líderes mundiais para defender o argumento de que deve ser o presidente.

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“Uma autoridade da área de segurança que trabalhava comigo me chamou à parte para dizer que havia recebido informações de que os órgãos de segurança estavam vindo atrás de mim e que era melhor me refugiar”, disse.

“Eu poderia ter me escondido, mas tinha de estar livre para poder fazer o que estou fazendo, transmitindo ao mundo o que está acontecendo na Venezuela, fazendo contatos com líderes mundiais”, disse.

Um tribunal venezuelano emitiu um mandado de prisão para González, acusando-o de conspiração e outros crimes, após Maduro dizer que a oposição estava tentando derrubá-lo em um golpe.

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González disse que já havia se reunido com figuras políticas espanholas de alto escalão desde sua chegada em 8 de setembro e, tendo recebido convites para visitar Alemanha, Holanda e a Comissão Europeia, faria um tour pela Europa.

Ele disse estar confiante de que uma transferência pacífica de poder ainda é possível na Venezuela e que ele ainda é a pessoa certa para liderá-la.

“Quero garantir que a vontade dos 8 milhões de venezuelanos que votaram em mim em 28 de julho seja respeitada”, disse.

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“Essa é uma decisão que já foi tomada e eu pretendo honrá-la integralmente.”

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