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Na última semana, o mercado acompanhou os dados de inflação tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil influenciarem as apostas sobre os cortes de juros pelo Federal Open Market Comittee (FOMC) do Federal Reserve (Fed) e pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Agora, finalmente chega o momento que as decisões serão conhecidas.
O destaque da semana, sem dúvidas, fica para os dois anúncios na “Super Quarta”. Se no Brasil os membros da diretoria do Banco Central já entraram em período de silêncio e não há mais nenhuma indicação desde quarta-feira sobre os rumos da política monetária, lá fora, as apostas se alteraram radicalmente na sexta-feira.
De acordo com a ferramenta do CME Group, FedWatch, as probabilidades de cortes de 0,25 p.p. e 0,50 p.p. estão praticamente empatadas (47% para o corte maior contra 53% para o ajuste menor). No dia anterior, a proporção era de 28% para a taxa em um intervalo de 4,75-5,00 contra 72% para 5,00-5,25. Por aqui, o sentimento do mercado pode ser medido pelo Relatório Focus, que tem apresentado Selic em patamar mais alto para 2024 e 2025 e que será aguardado com ansiedade na segunda-feira. No mesmo dia, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) apresenta o Monitor do PIB.
No dia seguinte, dados econômicos serão apresentados no EUA e serão os últimos antes da decisão. Serão conhecidos os números de vendas no varejo e produção industrial, ambos com projeção de alta discreta. Depois da Super Quarta, o mercado ainda aguarda a decisão de juros no Reino Unido, na quinta, e o anúncio do Japão sobre as novas taxas por lá, na sexta. Para o Bank of Japan (BoJ), a expectativa é que a taxa permaneça em 0%.
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Durante a semana, sem data certa, serão conhecidos os dados de arrecadação de impostos e contribuições pela Receita Federal aqui no Brasil. A previsão da equipe econômica do Itaú é de R$ 202,6 bilhões, com aumento anual de 12,5%. Há expectativa também de publicação do relatório fiscal bimestral. A divisão econômica sustenta que seria importante que o governo bloqueasse um adicional de R$ 10 bilhões em gastos.
“Se implementado e combinado com o escalonamento de despesas discricionárias e a execução de outras despesas obrigatórias abaixo do orçamento, o bloqueio dessas despesas garantiria o cumprimento do limite em 2024, reafirmando a credibilidade do arcabouço fiscal”, sugere o time.
Confira a agenda da semana:
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Data | País/Região | Evento |
2ª – 16 de Setembro | ||
8h | Brasil | FGV: IPC-S (semanal) |
8h25 | Brasil | BCB: Relatório Focus |
10h15 | Brasil | FGV: Monitor do PIB (jul) |
15h | Brasil | Secex: Balança comercial (semanal) |
16h | EUA | Fed: Crédito ao consumidor (jul) |
3ª – 17 de Setembro | ||
5h | Brasil | FIPE: IPC (semanal) |
8h | Brasil | FGV: IGP-10 (set) |
10h | Brasil | CNI: Sondagem Industrial (set) |
6h | Alemanha | Levantamento ZEW de sentimento econômico (set) |
9h30 | EUA | Vendas no varejo (ago) |
10h15 | EUA | Produção industrial (ago) |
4ª – 18 de Setembro | ||
9h | Brasil | IBGE: Pesquisa Mensal de Serviços (jul) |
18h30 | Brasil | Decisão de juros no Brasil |
6h | Zona do Euro | Índice de preços ao consumidor (ago) – final |
15h30 | EUA | Decisão de juros nos EUA |
16h | Argentina | PIB (2º tri) |
5ª – 19 de setembro | ||
8h | Brasil | FGV: IGP-M (2a prévia) (set) |
10h | Brasil | CNI: Sondagem da Indústria da Construção |
8h | Reino Unido | Decisão de juros |
9h30 | EUA | Índice de atividade do Fed Filadélfia (set) |
9h30 | EUA | Pedidos de auxílio desemprego (semanal) |
15h | EUA | Tesouro: Resultado Fiscal Mensal (ago) |
6ª – 20 de setembro | ||
1h | Japão | BoJ: Anúncio da taxa básica de juros |
3h | Alemanha | Índice de preços ao produtor (ago) |
11h | Zona do Euro | Confiança do consumidor (set) – preliminar |
Na semana | ||
— | Brasil | Receita Federal: Arrecadação de impostos e contribuições (ago) |
— | Alemanha | Vendas no varejo (mai) |
(Com Reuters)