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As queimadas registradas desde o fim de agosto em canaviais paulistas alcançaram uma área de mais de 181 mil hectares, elevando os prejuízos aos produtores a R$ 1,2 bilhão, afirmou nesta sexta-feira (13) a Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana), em uma nova atualização de seu balanço sobre os impactos dos incêndios.
Na semana passada, a entidade, que conta com 35 associações de fornecedores de cana e representa mais de 12 mil produtores, havia estimado a área atingida em mais de 100 mil hectares, com perdas somando R$ 800 milhões.
Segundo a Orplana, o cálculo dos prejuízos dos incêndios envolve os efeitos na cana em pé, nas soqueiras e na má qualidade da matéria-prima, além dos custos de manejo e replantio.
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O CEO da organização, José Guilherme Nogueira, afirma que os produtores ainda estão juntando os cacos para entender os próximos passos. “O custo de implantação na renovação de canavial é por volta de R$ 13,5 mil por hectare. E mesmo naquela rebrota que ainda continuar viável, que não necessitará do replantio, pode ser que precise de manejo e nutrientes, o que também impactará os custos. Isso porque o colchão de palha que havia ali auxiliava contra plantas daninhas, na retenção de água e na matéria orgânica do solo”, explica.
“Além disso, as rebrotas de cana de 3 e 4 meses viraram pó, causando um acúmulo de cinzas, que também precisará de manejo na área”, acrescentou, em nota.
Devido às perdas, a Orplana avalia que a cana só conseguirá rebrotar quando as chuvas chegarem de forma uniforme e volumosa. “A taxa de plantio, a área a ser disponibilizada para colheita no próximo ano e o cenário de clima seco podem, sim, impactar a safra futura”, disse Nogueira, ponderando que ainda é “muito cedo” para qualquer previsão, já que isso dependerá das chuvas e do clima nos próximos meses.
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