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“Nunca perca mais do que está disposto naquele dia”, aconselha trader

Douglas Henrique combina análise quantitativa com estudo macroeconômico nas suas operações no mercado, e dá dicas de gerenciamento de risco

Bruno Nadai

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Seu primeiro contato com o mercado financeiro foi em 2019, através de um curso de tape reading – estratégia de operação no mercado financeiro baseada no acompanhamento dos fluxos de negociação.

“Antes disso, eu era corretor de imóveis, mas quando fiz o curso, me apaixonei pelo mercado e desde então não parei mais de estudar e operar”, conta Douglas Henrique, em entrevista concedida durante a Expert XP 2024, no final de agosto.

Douglas enfatiza que o sucesso no mercado de day trade está ligado diretamente ao gerenciamento de risco e é essencial segui-lo à risca. “Nunca saia do gerenciamento de risco, nunca perca mais do que está disposto a perder naquele dia”, finaliza.

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Análise quantitativa

Um dos pontos fortes de seu operacional no mercado financeiro é a análise quantitativa. Há cerca de um ano, ele incorporou a técnica que permite analisar dados históricos e fazer projeções para entender o comportamento do mercado.

“Com a análise quantitativa, consigo pegar projeções do passado para entender como o mercado pode se comportar no presente, mas sem tentar adivinhar o futuro, porque isso é impossível”, explica. Segundo ele, essa abordagem oferece mais segurança e confiança nas operações, especialmente quando combinada com o estudo de macroeconomia.

Para o trader, “a macroeconomia é algo que me faz pensar e analisar os próximos movimentos do mercado”. Ele ressalta que o entendimento de fatores como as taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos influenciam diretamente suas operações.

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Mais eficiência

Douglas Henrique relata que começou utilizando o fluxo (tape reading) como principal ferramenta de análise das operações, mas após quatro anos operando dessa maneira, migrou para a análise quantitativa.

De acordo com o trader, a mudança trouxe mais simplicidade e eficiência ao seu método de operação, principalmente após a criação de indicadores. “Dois indicadores ficam abaixo do gráfico, o de fluxo e o de volume, o mesmo que os traders de tape reading utilizam. Porém, na análise quantitativa eu consigo vê-lo de maneira mais clara, mais específica e muito mais fácil”, explica.

“Não abro mão do fluxo, mas o utiliza integrado à análise quantitativa. Prefiro até deixar de lado o preço e o gráfico, mas sem o fluxo não consigo operar”, afirma. Para ele, essa ferramenta é essencial para identificar as movimentações do mercado e tomar decisões estratégicas.

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Para Douglas Henrique, o gerenciamento de risco é o elemento mais importante para se manter no mercado de day trade. “Sem ele o cara está perdido”, resume

Encerrar antes de perder

Ele também contou como ajusta suas operações quando percebe que o mercado não está a seu favor: “Às vezes prefiro encerrar a operação, porque posso estar totalmente contra um movimento. É melhor encerrar no zero a zero ou com um pequeno lucro, e entrar a favor do mercado novamente”, completa.

Ele oferece um conselho para aqueles que estão começando no mercado de day trade: “Testem bem suas estratégias no simulador, mas nunca saiam do gerenciamento de risco”.

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No entanto, Douglas Henrique alerta que, embora o simulador seja uma ferramenta útil para o aprendizado, ela não prepara totalmente o trader para as emoções e desafios do mercado real. “No simulador, a gente pode ser um leão, mas muitas vezes chega na conta real vira um gatinho, mesmo utilizando a mesma estratégia”, afirma.