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Dólar sobe 1,3% e chega a R$ 5,65 após deflação no Brasil e dados fracos da China

Mercado digeriu dados de deflação no Brasil e fraqueza de importações na China, mas também espera pelos números de inflação nos Estados Unidos, nesta quarta-feira, com cautela

Equipe InfoMoney

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O dólar à vista fechou em forte alta ante real nesta terça-feira (10), acompanhando o avanço da moeda norte-americana ante outras divisas de exportadores de commodities no exterior, após a divulgação de dados fracos da economia chinesa.

Por aqui, a divulgação do indicador de inflação oficial do País, que mostrou deflação de -0,02% em agosto, também influenciou nas negociações do câmbio, diante da menor expectativa dos investidores de que haja um aumento dos juros na reunião de política monetária da próxima semana.

Leia também: Deflação do IPCA em agosto aumenta dúvidas sobre a necessidade de BC elevar juros

Qual a cotação do dólar hoje?

O dólar comercial fechou com alta de 1,31%, a R$ 5,655 na compra e na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento (DOLc1) tinha alta de 1,21%, a 5.666,13 pontos.

Na segunda-feira, o dólar à vista fechou em leve baixa de 0,14%, cotado a R$ 5,5817. Em setembro, a divisa acumula alta de 0,34%.

Dólar comercial

Dólar turismo

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O que acontece com o dólar hoje?

Uma combinação de fatores foram desfavoráveis para o real nesta terça-feira (10). A começar pela cautela dos investidores globais antes da divulgação do relatório de inflação ao consumidor dos EUA na quarta-feira (11), o último antes da próxima reunião do Federal Reserve, em 17 e 18 de setembro, com os números que podem definir o tamanho do corte de juros a ser feito pelo banco central.

Na visão dos mercados, é certo que o Fed reduzirá sua taxa de juros, atualmente na faixa de 5,25% a 5,50%, na reunião de setembro, porém, operadores continuam ponderando o tamanho do corte.

“No exterior, a véspera do CPI deixa os mercados avessos ao risco e o clima de cautela predomina, diante do possível cenário de recessão ou de um pouso suave da economia norte-americana”, disse Marcio Riauba, gerente da Mesa de Operações da StoneX Banco de Câmbio.

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As moedas emergentes também foram afetadas pela piora nas perspectivas econômicas da China, depois que dados de comércio externo mostraram que a segunda maior economia do mundo teve uma desaceleração no crescimento de suas importações em agosto, a 0,5%, ante avanço de 7,2% em julho.

O pessimismo se refletia nos preços de commodities importantes, como o petróleo e o minério de ferro, que recuaram diante dos temores de menor demanda do maior importador de matérias-primas do planeta.

Por fim, internamente o mercado digeria novos dados do IPCA em agosto, que mostrou uma queda de 0,02%, ligeiramente abaixo da expectativa de economistas consultados pela Reuters, de alta de 0,01%.

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Em 12 meses, o índice desacelerou para um avanço de 4,24%, de 4,50% em julho.

O resultado, apesar de representar uma desaceleração em relação ao mês anterior, ainda mostrou uma inflação distante do centro da meta de 3% perseguida pelo BC, o que tem sido motivo de preocupação para os membros da autarquia.

Esse distanciamento, somado a dados fortes do PIB brasileiro no segundo trimestre, tem gerado expectativa de alta na Selic já na próxima reunião do Copom, em 17 e 18 de setembro.

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Operadores colocam 98% de chance de o BC elevar os juros em 25 pontos-base na próxima semana, com mais altas nas reuniões seguintes.

(Com Reuters)