Avião do cantor Gusttavo Lima faz parte de esquema de lavagem com bets, diz polícia

Aeronave estaria inserida em esquema de lavagem de dinheiro da JMJ, empresa de homem considerado foragido pela polícia; cantor nega

Equipe InfoMoney

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Uma operação da polícia civil de cinco estados que investiga 53 pessoas físicas e jurídicas e que levou à prisão da influenciadora digital Deolane Bezerra teve novos detalhes revelados no último domingo (8).

Segundo investigadores, o esquema de lavagem de dinheiro foi criado para dar ar de legalidade para dinheiro proveniente do jogo do bicho, por meio da abertura de casas de apostas online (bets) e compra de bens de alto valor – entre eles, um avião pertencente à empresa do cantor sertanejo Gusttavo Lima. As informações são do Fantástico, da TV Globo.

Segundo a polícia, os criminosos utilizavam expedientes comuns de esquemas de lavagem de dinheiro para “legalizar” o dinheiro sujo do bicho. Entre eles estava repassar o dinheiro entre várias contas correntes para evitar rastreamento, e comprar imóveis, carros importados e aviões – como os ostentados por Deolane Bezerra em suas redes sociais.

Um avião da empresa Balada Eventos e Produções LTDA, pertencente ao cantor Gusttavo Lima, também faz parte do esquema de lavagem de dinheiro, segundo investigadores ouvidos pela TV Globo.

A aeronave foi comprada pela empresa JMJ, do empresário José André da Rocha Neto, cuja prisão foi decretada na mesma operação. A ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) confirma que há um processo de transferência de propriedade da aeronave em curso.

Em nota, o advogado do cantor Gusttavo Lima disse que a Balada Eventos apenas vendeu um avião para uma das empresas investigadas. A operação de compra e venda seguiu todas as normas legais e isso está sendo “devidamente provado para a autoridade policial e poder judiciário”.

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O comunicado também afirmou que Gusttavo Lima apenas mantém contrato de uso de imagem em prol da marca VAIDEBET (uma das empresas de Rocha Neto) e que a Balada Eventos e o cantor não fazem parte de nenhum esquema de organização criminosa de exploração de jogos ilegais e lavagem de dinheiro.

“Nós entendemos que a Balada Eventos foi inserida no âmbito dessa operação simplesmente por ter transacionado comercialmente com essas empresas investigadas”, disse o cantor nas suas redes sociais.

Rocha Neto, dono da JMJ, é considerado foragido porque ele estava fora do Brasil quando sua prisão foi decretada – em viagem na Grécia, com Gusttavo Lima.