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O Ibovespa Futuro virou para alta nesta sexta-feira (6) após abertura negativa, à medida que investidores digerem os dados do relatório de emprego (payroll) nos Estados Unidos, já que ele pode definir o tamanho e velocidade dos cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA).
Os Estados Unidos criaram 142 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola no mês de agosto, menos do que o esperado pelos analistas, refletindo uma desaceleração do mercado de trabalho e também abrindo caminho para o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) reduzir as taxas de juros no final deste mês. Agentes do mercado previam um crescimento de 160 mil empregos no mês passado. Já a taxa de desemprego caiu para 4,2%, como esperado.
O payroll ganhou ainda mais relevância depois que o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que as autoridades não querem mais afrouxamento do mercado de trabalho, abrindo caminho para reduções iminentes de juros.
Às 9h40 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em outubro subia 0,32%, aos 138.705 pontos.
Além do payroll, os traders também podem procurar pistas sobre as perspectivas dos juros americanos em duas importantes autoridades do Fed, o governador Christopher Waller e o presidente do Fed de Nova York, John Williams, que falarão mais tarde.
Em Wall Street, Dow Jones Futuro operava com queda de 0,24%, S&P500 caía 0,26% e Nasdaq Futuro recuava 0,57%.
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Ibovespa, dólar e mercado externo
O dólar comercial operava com baixa de 0,60%, a R$ 5,574 na compra e R$ 5,575 na venda, dando continuidade ao movimento de queda iniciado na véspera. Já o dólar futuro (DOLFUT) caía 0,60%, indo aos 5.553 pontos.
No mercado de commodities, os preços do petróleo sobem, enquanto os investidores avaliam uma grande redução dos estoques de petróleo bruto dos EUA e um atraso nos aumentos de produção pelos produtores da Organização dos Países Exportadores de Petroleo e Aliados (OPEP+) em relação aos dados mistos de emprego dos EUA.
As cotações do minério de ferro na China fecharam perto da mínima de um ano nesta sexta-feira, registrando sua maior perda semanal em quase seis meses, uma vez que dados econômicos chineses fracos diminuíram as perspectivas de demanda no principal mercado consumidor de aço. O contrato caiu 9,85% esta semana, registrando sua maior queda semanal desde 15 de março.
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Os mercados asiáticos fecharam com perdas em sua maioria, uma vez que os gastos das famílias do Japão não atenderam às expectativas. Os dados de gastos das famílias japonesas em julho aumentaram 0,1% em termos reais em relação ao ano anterior, em comparação com um aumento de 1,2% esperado por economistas consultados pela Reuters, e uma reversão em comparação com uma queda de 1,4% em junho.
(Com Reuters)