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Ibovespa Futuro recua em dia de dia liquidez reduzida e detalhamento do Orçamento

Queda do minério de ferro na China também pesa sobre o índice futuro

Felipe Moreira

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Em dia de liquidez reduzida em função do feriado do Dia do Trabalho nos EUA, o Ibovespa Futuro abriu a primeira sessão de setembro em baixa, com as atenções divididas entre a entrevista à imprensa do Ministério do Planejamento sobre o projeto de Orçamento de 2025 e reuniões do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com ministros.

O governo enviou o projeto ao Congresso Nacional na sexta-feira prevendo um déficit primário zero no ano que vem, mantendo a projeção de alta de 2,6% para o PIB de 2025.

O texto prevê uma elevação das receitas federais em 5,78% acima da inflação no próximo ano. No caso das despesas, o Planejamento informou que elas estarão limitadas ao teto de crescimento real de 2,50% imposto pelo arcabouço fiscal.

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A entrevista coletiva será realizada às 11 horas e participarão Gustavo Guimãraes, secretário-executivo do Ministério do Planejamento e Orçamento; Dario Durigan, secretário-executivo do Ministério da Fazenda; Clayton Montes, secretário de Orçamento Federal; e Robinson Barreirinhas, secretário da Receita Federal.

A forte queda do minério de ferro na China após dados fracos da segunda maior economia do mundo também pesa sobre o índice acionário brasileiro.

Em destaque na economia, o relatório Focus mostrou que o IPCA agora deve subir 4,26% neste ano, ante avanço de 4,25% estimado na semana anterior. Em 2025, a projeção é de alta de 3,92%, de 3,93% anteriormente. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que o crescimento do PIB agora é projetado em 2,46% em 2024, ante 2,43% há uma semana, na terceira semana consecutiva de melhora no indicador. No próximo ano, a expectativa é de aumento de 1,85%, de 1,86% antes.

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Às 9h09 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em outubro caía 0,63%, aos 137.180 pontos.

Em Wall Street, Dow Jones Futuro operava com queda de 0,12%, S&P500 caía 0,13% e Nasdaq Futuro recuava 0,13%.

Ibovespa, dólar e mercado externo


O dólar comercial opera com baixa de 0,16%, a R$ 5,623 na compra e R$ 5,624 na venda. Já o dólar futuro (DOLFUT) subia 0,24%, indo aos 5.636 pontos.

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O Banco Central anunciou um leilão extra de swaps cambiais para hoje, entre 9h30 e 9h40, com oferta de 14.700 contratos, equivalentes a 735 milhões de dólares. A oferta foi anunciada na noite desta sexta-feira, por meio de comunicado. A operação com swaps tem efeito equivalente à venda de dólares do mercado futuro.

No mercado de commodities, os preços do petróleo operam em baixa, com investidores avaliando a maior produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+) em outubro em relação à queda acentuada na produção da Líbia, em meio à demanda lenta na China e nos EUA.

As cotações do minério de ferro na China registraram sua maior queda diária em quase dois anos nesta segunda, pressionados por uma série de dados econômicos ruins do país, maior consumidor do setor.

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Os mercados asiáticos fecharam sem direção única após queda da indústria chinesa para o menor nível em 6 meses em agosto, com a queda dos preços de fábrica e os proprietários tendo dificuldades para fazer pedidos, mostrou o índice de gerentes de compras (PMI) do National Bureau of Statistics no sábado, pressionando os formuladores de políticas a prosseguir com os planos de direcionar mais estímulos às famílias.

(Com Reuters)