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Se a meta de inflação de 3% fosse ser perseguida a “ferro e fogo”, a visão de André Jakurski, sócio-fundador da JGP Asset Management, é de que o Banco Central deveria elevar a Selic para um nível ainda mais alto do que 12% ao ano, o que representaria um ajuste superior a 1,5 ponto em relação ao patamar atual, que está em 10,50% ao ano.
“O que eu percebo é que [o BC] não está mirando 3% [de meta de inflação], está mirando 4%. Não é que seja a vontade expressa dele, mas na prática, está indo nessa direção”, disse o executivo durante painel da ExpertXP 2024 neste sábado (31).
Se o BC optar por um ajuste de até 1,5 ponto percentual, a visão de Jakurski é que isso “não vai fazer diferença nem para a economia, nem para a inflação, e nem para a Bolsa”.
Segundo o executivo, a inflação deve encerrar o ano que vem em 4,5%, mas não é possível descartar que o percentual chegue a 5% no próximo ano, o que tornaria o trabalho do Banco Central ainda mais difícil na convergência da inflação à meta.
Bolsa
Para o executivo, não é possível precisar a direção da Bolsa brasileira levando em conta apenas eventuais altas da Selic de 0,25 ponto e 0,50 ponto a cada 45 dias. “Acho que não vai fazer diferença nenhuma”, ponderou.
Ao ser questionado sobre a volta do fluxo positivo de capital estrangeiro para a Bolsa entre os meses de julho e agosto, o profissional afirmou apenas que seria preciso entender o que vai acontecer no mercado internacional e o que os investidores “gringos” vão fazer para ter uma ideia melhor se ele fluxo irá permanecer.
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Jakurski ponderou ainda que é inegável que a Bolsa brasileira esteja “barata”, mas não tanto quanto já esteve e que isso não vale para todas as ações.