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Gestão eficiente ainda é desafio para assessorias de investimento, diz consultor

Anderson Timm, da Veritas, sinaliza que muitos escritórios precisam atualizar modelo de negócio que já não reflete o tamanho e as expectativas do mercado

Wellington Carvalho

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O mercado de assessoria de investimento está em expansão no Brasil e, de acordo com o próprio segmento, pode dobrar de tamanho nos próximos anos em número de profissionais. Mas até lá há desafios e um deles é a gestão corporativa dos escritórios, afirma Anderson Timm, advogado e CEO da Veritas, consultoria empresarial.

Especializada em mercado financeiro, a empresa atua em 20 Estados e atende hoje cerca de cem escritórios de investimentos.

Na avaliação de Timm, o segmento vive atualmente uma consolidação e, parte dele, ainda precisa se libertar de um modelo de negócio que já não reflete o tamanho e as expectativas deste mercado.

“A maior deficiência das operações está na gestão corporativa, na transformação [do negócio] em uma empresa”, diz. “[Escritórios] precisam deixar de ser um coworking, onde se reúnem seis ou sete assessores sem um mindset empresarial”, opina.

Segundo Timm, há casos em que o próprio assessor de investimento é responsável, por exemplo, pela elaboração de contratos – o que limitaria a atuação do profissional, diz o advogado.

Nestes casos, acrescenta, a busca por um responsável pela parte administrativa do escritório seria a solução mais indicada para valorizar a verdadeira habilidade do assessor e garantir uma gestão eficiente do escritório.  

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“Já que sou um ótimo assessor e não sei ser um bom gestor, então contrato um CEO ou identifico entre os sócios atuais quem pode assumir a posição de gestor”, orienta. “[A falta desta figura] é hoje um dos maiores desafios para uma operação mais eficiente dos escritórios”, reforça.

Incorporações também é saída para gestão mais eficiente

Outra saída encontrada pelos escritórios – especialmente os menores – para driblar a falta de uma estrutura empresarial mais robusta é a fusão com assessorias já consolidadas.

“Muitos assessores vieram do setor bancário e não têm necessariamente o mindset empreendedor”, contextualiza Timm.

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“Por isso, eles precisam ir para uma estrutura maior, que oferecerá toda esta estrutura de gestão corporativa, dando liberdade ao escritório [incorporado] fazer o que sabe de melhor, que é assessorar o cliente”, explica.

De acordo com o advogado e consultor empresarial, o movimento ajuda a explicar as recentes fusões e incorporações observadas entre os escritórios de investimentos, como a da Knox Capital e a Storia – que teve intermediação da própria Veritas.

A consultoria atua hoje em mais quatro negócios – um em estágio bastante avançado. As operações movimentam aproximadamente R$ 10 bilhões em custódia.

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Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.