São Martinho e Raízen divulgam projeções de impacto dos incêndios na produção de cana

Companhias também informaram que irão priorizar o processamento da cana atingida

Reuters

Um homem observa um incêndio em uma plantação de cana-de-açúcar perto da cidade de Dumon, Brasil, em 24 de agosto de 2024. REUTERS/Joel Silva
Um homem observa um incêndio em uma plantação de cana-de-açúcar perto da cidade de Dumon, Brasil, em 24 de agosto de 2024. REUTERS/Joel Silva

Publicidade

(Reuters) – A São Martinho (SMTO3) e a Raízen (RAIZ4), duas das maiores produtoras de cana-de-açúcar do Brasil, informaram na noite de segunda-feira (26) estimativas dos prejuízos causados pelos incêndios que atingiram várias regiões do país.

Em comunicado ao mercado, a São Martinho disse que cerca de 20 mil hectares de cana-de-açúcar da companhia foram atingidos pelos incêndios. Não houve registro de vítimas ou de impactos em outros ativos.

De acordo com a São Martinho, a cana-de-açúcar atingida será processada nos próximos dias, “sem impactos significativos no Açúcar Total Recuperável – ATR em relação ao Guidance de Produção para Safra 2024/2025, mas com redução na eficiência industrial na conversão em açúcar”.

A empresa estima redução de 110 mil toneladas de açúcar, que será compensada por um aumento proporcional na produção de etanol.

“Para preservar a produtividade nas safras seguintes, serão realizados 70 milhões de reais em investimentos complementares em Tratos Culturais em relação ao Guidance de Capex da Safra 2024/2025”, acrescentou a São Martinho.

Também em comunicado, a Raízen informou que cerca de 1,8 milhão de toneladas de cana-de-açúcar própria e de fornecedores foram afetadas pelos incêndios. O volume representa “2% do total previsto na safra 2024/25, com base no piso da premissa de moagem total”, disse a companhia.

Continua depois da publicidade

Raízen também vai priorizar a cana afetada, conforme o comunicado. “Com essa medida, esperamos que as perdas e impactos em nossos resultados sejam imateriais”, afirmou.