Reforma judicial no México é “grande risco” para a democracia, diz embaixador dos EUA

Proposta é que juízes, incluindo os da Suprema Corte, sejam eleitos pelo voto popular; embaixador vê risco para as relações comerciais, que dependem da confiança dos investidores no arcabouço legal

Reuters

O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, e a presidente eleita, Claudia Sheinbaum, durante evento em Nueva Rosita, México - 14/06/2024 (Foto: Daniel Becerril/Reuters)
O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, e a presidente eleita, Claudia Sheinbaum, durante evento em Nueva Rosita, México - 14/06/2024 (Foto: Daniel Becerril/Reuters)

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Cidade do México (Reuters) – A proposta de reforma do Judiciário mexicano ameaça a democracia no país e também suas vitais relações comerciais com os Estados Unidos, disse nesta quinta-feira (22) o embaixador norte americano no México, Ken Salazar.

A polêmica reforma, que deve ir a votação em setembro, tem como objetivo assegurar que juízes, incluindo os da Suprema Corte, sejam eleitos pelo voto popular.

“Baseado em minha experiência de vida sobre o Estado de Direito, creio que a eleição popular direta de juízes é um grande risco para o funcionamento da democracia mexicana”, disse Salazar.

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A presidente-eleita, Claudia Sheinbaum, que assumirá o poder em outubro, defendeu a proposta do atual mandatário, Andrés Manuel López Obrador (popularmente chamdao de AMLO), dizendo concordar que magistrados devam ser eleitos.

Salazar afirmou que o debate e as políticas que envolvem a reforma ameaçam as relações comerciais entre EUA e México, “que dependem da confiança dos investidores no arcabouço legal mexicano”.

“Qualquer reforma judicial deve trazer as salvaguardas corretas para assegurar que o Judiciário seja fortalecido e não sujeito à corrupção da política”, acrescentou.

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