Conteúdo editorial apoiado por

Bolsa Atleta beneficiou 100% dos medalhistas brasileiros em Paris 2024

Todos medalhistas brasileiros de Paris 2024 foram beneficiados por programa em algum momento da vida

Lance! Biz

Publicidade

Ainda que o fim de mais um ciclo olímpico alavanque números de engajamento e visibilidade de atletas, Paris não escapou à regra que marca os proventos dos principais atletas brasileiros: participação do Bolsa Atleta e desafios na conciliação dos treinos em alto nível com estudos ou outras ocupações. Nada menos que 100% dos medalhistas brasileiros da última edição dos jogos são ou foram integrantes do programa federal de fomento.

O Ministério do Esporte calcula que o investimento federal direto via Bolsa Atleta para os 61 medalhistas de Paris 2024 – considerando cada um dos convocados nas modalidades coletivas – somou R$ 24,4 milhões, com 398 bolsas concedidas.

Não é de espantar. Segundo a pesquisa mundial de 2024 da Global Athlete, publicada pela revista “Forbes”, 71% dos atletas olímpicos, paralímpicos e aspirantes tinham emprego remunerado fora do esporte.

Uma outra pesquisa, divulgada recentemente pela Serasa, também mostrou as barreiras enfrentadas pelos atletas profissionais brasileiros. Para 42% dos entrevistados, o foco nos estudos apareceu como o principal desafio para o deslanche na carreira, seguido por questões financeiras, como ter que trabalhar (39%); falta de incentivos financeiros (32%); e falta de dinheiro (27%).

Em Paris, além do apoio aos medalhistas, o Bolsa Atleta ajudou financeiramente a grande maioria da delegação brasileira. Dos 276 atletas que representaram o Brasil nos Jogos, 241 fazem parte do programa, um percentual de 87,3%, levando em consideração o edital de 2024. Se for levado em conta o histórico dos atletas, sobe para 271 o número de integrantes do programa em alguma fase da carreira, o que representa 98% do total.

Além da remuneração do Bolsa Atleta, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) faz repasses financeiros às modalidades olímpicas. Este ano, o valor repassado às confederações olímpicas por meio da Lei das Loterias foi de R$ 225 milhões, o maior desde a criação do mecanismo, em 2001. O aumento foi de 12% em relação ao repasse de 2023, que totalizou R$ 201 milhões. 

Continua depois da publicidade

Legenda: Muitos atletas precisam ter emprego fora do esporte (Foto: Divulgação)