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SÃO PAULO (Reuters) – A CSN (CSNA3) deve conseguir reduzir custos no segundo semestre na produção de aço ao mesmo tempo que manterá a política do que chama de “redução de descontos” nos preços da liga praticados no mercado interno, afirmou o diretor comercial da companhia, Luis Fernando Martinez, nesta terça-feira.
“No segundo semestre, os custos devem continuar caindo com certeza, estamos em 3.400 (reais por tonelada)”, afirmou o executivo citando intenção da empresa de conseguir chegar ao patamar de 3 mil reais nos próximos trimestres.
“Em preços, já temos recuperação. Voltamos ao nosso melhor mix de valor agregado…e vamos focar na margem”, acrescentou o executivo em teleconferência com analistas sobre os resultados da CSN no segundo trimestre, divulgados na noite da véspera.
No segundo trimestre, a CSN teve um custo de produção de placas de aço de 3.549 reais por tonelada, queda de 13,7% sobre um ano antes, apesar de paradas de alguns equipamentos para manutenção.
Em cimentos, a companhia teve na segunda-feira a expiração de prazo de negociações exclusivas para compra dos ativos da rival Intercement, mas o diretor financeiro, Antonio Rabello, comentou que a CSN segue no diálogo com o grupo Mover, controladora da cimenteira, para conseguir uma equação que não comprometa a alavancagem em ascensão da empresa.
Apesar do nível de endividamento da CSN ter crescido no trimestre passado para 3,36 vezes ante a meta revisada em maio de 2,5 vezes até o final do ano, o executivo afirmou que a empresa segue com compromisso na redução do endividamento.
Rabello citou que a empresa deve conseguir parceiros para as suas divisões de energia e mineração até o final do ano, mas não deu detalhes.
O executivo também reafirmou que a empresa vai “monetizar” as ações da Usiminas que tem em carteira “em algum momento” e que a empresa mantém planos para fazer ofertas iniciais de ações (IPOs) de suas unidades, com a próxima, após mineração, sendo a de cimentos, mas não deu detalhes sobre quando isso poderia acontecer.