Há 114 adolescentes entre os mais de 1,2 mil presos na Venezuela, diz ONG

Organização Foro Penal diz que 160 presos são mulheres, 16 são pessoas com deficiência (PCD) e 5 são indígenas; acusações são de instigação ao ódio, terrorismo, traição, entre outras

Roberto de Lira

Protesto na cidade venezuelana de Puerto La Cruz - 29/7/2024 (Foto: Samir Aponte/Reuters)
Protesto na cidade venezuelana de Puerto La Cruz - 29/7/2024 (Foto: Samir Aponte/Reuters)

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Das 1.263 prisões realizadas pelo regime de Nicolás Maduro após os protestos pedindo transparência na divulgação dos resultados das eleições presidenciais do último dia 28 de julho, 114 são de adolescentes, informou nesta sexta-feira (9) o Foro Penal, uma organização não-governamental de direitos humanos criada para defender cidadãos venezuelanos perseguidos politicamente.

Ainda segundo essa última contagem, que foi feita após verificação com as familiares dos detidos, 160 dos presos são mulheres, 5 são indígenas e 16 são pessoas com deficiência (PCD).

Antes da eleição, no final de junho, o Foro Penal tinha mostrado em relatório que havia 287 presos políticos na Venezuela.

Na quarta-feira (7), lfredo Romero, presidente do Foro, disse numa entrevista coletiva que a média de idade dos presos está em torno de 20 anos e que as acusações mais comuns são de instigação ao ódio, terrorismo, traição, associação para cometer crime e obstrução da via pública. Alguns casos são de resistência à autoridade.