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Após um salto nas sessões mais recentes, o dólar à vista encerrou a terça-feira (6) em queda firme ante o real, abaixo dos R$ 5,70, na contramão da valorização da moeda no exterior. As negociações refletiram o ambiente de menor estresse nos mercados globais e a ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que indicou a possibilidade de subir os juros no curto prazo “se necessário”.
Porém, profissionais ouvidos pela Reuters têm afirmado que o Copom tende a manter a Selic estável até o fim do ano, a menos que o cenário se deteriore ainda mais.
Um dos argumentos é o de que o Federal Reserve (banco central dos EUA) deve iniciar seu processo de corte de juros em setembro, podendo reduzir em 50 pontos-base já na largada. Isso traria algum alívio para o câmbio no Brasil e, em paralelo, para as expectativas de inflação.
Qual a cotação do dólar hoje?
O dólar comercial fechou em queda de 1,48%, a R$ 5,656 na compra e na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento (DOLc1) caía 1,05%, a 5.676 pontos.
Na segunda-feira, o dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,7414 na venda, maior valor desde 20 de janeiro de 2021.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,656
- Venda: R$ 5,656
Dólar turismo
- Compra: R$ 5,685
- Venda: R$ 5,865
Leia mais: Tipos de dólar: conheça os principais e qual importância da moeda
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O que aconteceu com o dólar hoje?
O dólar registrou perdas acentuadas na sessão desta terça-feira (6), com o iene recuando após uma forte alta na sessão anterior, enquanto os investidores lidam com o fim de operações de carry trade e a perspectiva de cortes profundos nas taxas pelo Federal Reserve (Fed).
Internamente, a ata do último encontro do Copom, divulgada pela manhã, contribuiu para o movimento de queda do dólar ante o real, ao sugerir chances maiores de a taxa básica Selic subir no curto prazo para segurar a inflação — algo que, em tese, favorece a moeda brasileira.
Na ata, o BC indicou que não hesitará em elevar a Selic para assegurar a convergência da inflação à meta se julgar apropriado. A mensagem foi considerada dura por parte do mercado e, em reação, a curva de juros brasileira passou a precificar chances majoritárias de elevação em 25 pontos-base na reunião de setembro.
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A possibilidade de juros mais baixos nos EUA e mais altos no Brasil no curto prazo — algo que torna o mercado brasileiro mais atrativo ao capital internacional — fez o dólar ceder ante o real durante todo o dia.
A moeda norte-americana à vista oscilou para uma mínima de R$ 5,6315 (-1,91%) às 13h05.
“O dólar também subiu muito forte nos últimos dias. Então é natural haver uma realização de lucros e que exportadores entrem forte no mercado (vendendo a moeda norte-americana)”, acrescentou Felipe Izac, sócio da Nexgen Capital.
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No exterior, o dólar tinha leve alta ante seus pares fortes, mas cedia ante outras divisas de emergentes, como o peso chileno e o peso colombiano. O real era a moeda que mais se valorizava globalmente ante o dólar.
(Reuters)