JBSS3: subsidiária nos EUA dá bom prenúncio para balanço do 2º tri da JBS e ação sobe

A Pilgrim's Pride registrou lucro líquido de US$ 326,5 milhões no segundo trimestre, alta de 17% na comparação com o mesmo período do ano passado, com impulso das vendas de produtos frescos e preparados, além de alívio nos custos dos grãos

Equipe InfoMoney

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Os resultados do 2T24 (segundo trimestre de 2024) da Pilgrim’s Pride Corporation (PPC) -subsidiária indireta da JBS (JBSS3) – divulgados na quarta-feira (31) à noite foram um bom prenúncio para os números da JBS. Às 10h47 (horário de Brasília) desta quinta-feira (1), os ativos JBSS3 subiam 1,25%, a R$ 34,14.

A Pilgrim’s Pride registrou lucro líquido de US$ 326,5 milhões no segundo trimestre, alta de 17% na comparação com o mesmo período do ano passado, com impulso das vendas de produtos frescos e preparados, além de alívio nos custos dos grãos. Já o lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da processadora de carnes de aves com sede nos EUA somou US$ 655,9 milhões no segundo trimestre, salto de 163,7% ante o mesmo período do ano passado, configurando também um recorde trimestral. O Ebitda ficou 17% da estimativa do Bradesco BBI.

A XP, ao incorporar os resultados da PPC (GAAP), a estimativa de Ebitda para o trimestre saltaria de R$ 8,182 bilhões para R$ 8,621 bilhões, com os analistas reiterando compra em JBS uma vez que vê o momentum permanecendo forte até o final do ano e potencialmente mais rodadas de revisões de lucros à frente.

O Bradesco BBI ressalta que, tudo o mais constante, os resultados do 2T24 da PPC representariam sozinhos uma revisão para cima de aproximadamente 6% (em torno de R$ 470 milhões) em relação à sua expectativa inicial de Ebitda de R$ 8,26 bilhões para a JBS no trimestre. O banco avalia que a direção das oscilações de margem para empresas de proteína é mais fácil do que determinar sua magnitude e, às vezes, até mesmo sua duração. “Essa é a razão pela qual temos favorecido a exposição a players com exposição à proteína de frango em nossa cobertura, onde os ciclos estão fortes em todos os aspectos”, aponta.

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“Mas, o mais importante, acreditamos que há espaço para mais pela frente. Os spreads de aves nos EUA em julho estão 12% acima da média do 2T24, e a produção de carne de frango no país até agora não conseguiu se recuperar”, avalia o BBI.

Assim, com mais visibilidade agora sobre onde as margens da PPC estão atualmente, o BBI acredita que mais atualizações de lucros estão por vir. O banco vê a JBS oferecendo o melhor risco-retorno do setor, combinando não apenas uma forte dinâmica de lucros, mas também valuations atraentes, mesmo com base nas margens de meio de ciclo. A recomendação é de compra, com preço-alvo de R$ 43.