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Os organizadores dos Jogos Olímpicos de Paris se comprometeram em realizar o evento esportivo “mais verde” já visto no mundo. Para isso, uma série de medidas para atingir esse objetivo foi adotada.
Luiza Aguiar, analista ESG da XP, participou nesta quinta-feira (1) do Morning Call da XP e explicou que a meta da Olimpíada desse ano é a de reduzir a emissão de carbono à metade da média que foi alcançada nos eventos em Londres, em 2012, e no Rio de Janeiro, em 2016.
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Olimpíadas: Infraestrutura existente
A de Tóquio não foi utilizada como referência porque os Jogos naquele país deveriam ter sido realizados em 2020, foram adiados para 2021 por conta da pandemia, mas aconteceram sem a presença de público.
“É super desafiador atingir essa meta”, afirma a analista. “É muito normal quando uma cidade vai receber uma Olimpíada, ela passar por grandes transformações. Criam-se edificações. O que Paris fez é que eles estão usando 95% da infraestrutura dos Jogos em locais já existentes ou temporários, que serão desmontados ao final do evento”, explicou.
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Já as construções que precisaram ser feitas, segundo ela, utilizaram materiais de baixo carbono e de base biológica.
Energia renovável
“Outro ponto que eles estão investindo bastante é na energia renovável. Eles estão usando 100% de energia de matriz renovável, principalmente de fontes solar e eólica. Lembrando que a França, na Europa, é que tem menor pegada de carbono na sua matriz energética”, ressalta.
“Isso já é muito positivo. Eles estão também conectando essa energia renovável à rede pública de Paris. Isso faz com que diminua a necessidade de usar geradores, que normalmente são movidos a diesel”, destaca.
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Grande circulação de pessoas
Na parte de transporte, Luiza Aguiar explica que se prevê movimentar pelo meio 15 milhões de espectadores, 15 mil atletas e 45 mil voluntários. Então, é um evento esportivo de grande porte.
“Traz uma circulação de pessoas muito grande. Então, o transporte é fundamental para reduzir essa pegada de carbono. Primeiro, eles fizeram com que 80% dos locais de competição fossem até 10 quilômetros da Vila Olímpica, para reduzir as distâncias de deslocamento”, conta.
“Eles também investiram em frota de carro elétrico. E fizeram com que todos esses lugares de competição fossem acessíveis por transporte público”, acrescenta.
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Vila dos Atletas
Foram ainda implementado sistema de refrigeração geotérmica natural na Vila dos Atletas, o que deixa as temperaturas interiores estáveis, sem necessidade de uso de ar-condicionado, com alto consumo de energia.
“São iniciativas que a gente vê com bons olhos e que tende a fazer uma Olimpíada de fato com uma menor pegada de carbono”, afirma.
Luiza Aguiar explicou também que sempre houve intenção de fazer provas da Olimpíada em rio urbano – no caso de Paris 2024, no rio Sena. Apesar de ter sido adiada por conta de a poluição da água ter passado do limite, no fim, o rio Sena recebeu as provas de triátlon dos Jogos.