IPCA-15 desacelera para 0,30% em julho, mas fica acima de projeções

Em 12 meses, a variação do IPCA-15 em julho foi de 4,45%, acima dos 3,19% observados no mesmo período do ano passado; o consenso LSEG de analistas previa inflação mensal de 0,23% e taxa anualizada de 4,38%

Roberto de Lira

Posto de gasolina do Rio de Janeiro (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
Posto de gasolina do Rio de Janeiro (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

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O IPCA-15, prévia da inflação oficial do país, voltou a desacelerar em julho, com alta de 0,30% ante junho, após ter subido 0,44% em maio e 0,39% no mês passado, informou nesta quinta-feira (25) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 12 meses, a variação do IPCA-15 em julho foi de 4,45%, acima dos 3,19% observados no mesmo período do ano passado e também maior que os 4,06% até junho. Em julho de 2023, a variação mensal do IPCA-15 tinha sido de -0,07%.

Os dados de julho vieram acima do consenso LSEG de analistas, que previam inflação mensal de 0,23% e taxa anualizada de 4,38%.

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Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em julho. Apenas o grupo de Alimentação e bebidas (-0,44%) e o de Vestuário (-0,08%) apresentaram variação negativa.

A maior variação (1,12%) e o maior impacto (0,23 ponto percentual) vieram do grupo Transportes. Na sequência, vieram os grupos Habitação (0,49% e 0,07 p.p) e Saúde e cuidados pessoais (0,33% e 0,05 p.p).

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Dentro de Transportes, as passagens aéreas subiram 19,21% e contribuíram com 0,12 p.p. no índice de julho. Em relação aos combustíveis, que subiram 1,39%, gasolina (1,43%), etanol (1,78%) e óleo diesel (0,09%) tiveram alta, enquanto gás veicular (-0,25%) registrou queda de preços.

Alimentação

No grupo Alimentação e bebidas, a alimentação no domicílio recuou 0,70% em julho. Contribuíram para o resultado as quedas da cenoura (-21,60%), do tomate (-17,94%), da cebola (-7,89%) e das frutas (-2,88%). No lado das altas, destacam-se o leite longa vida (2,58%) e o café moído (2,54%).

A alimentação fora do domicílio subiu 0,25% no mês, desacelerando em relação ao mês de junho (0,59%), em virtude das altas menos intensas do lanche (de 0,80% em junho para 0,24% em julho) e da refeição (0,51% em junho para 0,23% em julho).

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Habitação

O resultado do grupo Habitação, por sua vez, foi influenciado, principalmente, pela energia elétrica residencial, que subiu 1,20%. O motivo foi que, em julho, passou a vigorar a bandeira tarifária amarela, que acrescenta R$ 1,885 a cada 100kwh consumidos.

A alta também foi influenciada pelos reajustes tarifários de 6,76% em Belo Horizonte (3,40%), a partir de 28 de maio; e da queda de -2,43% em uma das concessionárias de São Paulo (0,42%), a partir de 4 de julho.

Ainda em Habitação, houve a alta da taxa de água e esgoto (0,22%), por conta de reajustes tarifários de 9,85% em Brasília (5,02%), a partir de 1º de junho; e de 2,95% em Curitiba (0,09%), a partir de 17 de maio.

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No subitem gás encanado (-0,28%), o resultado do Rio de Janeiro (-0,93%) decorreu de redução média de 1,75%, a partir de 1º de junho.