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Diego Barreto completou, recentemente, 90 dias no cargo de CEO do Ifood e não consegue esconder a empolgação com os números que a plataforma está prestes a alcançar. “No dia 31 [de julho] vamos ter festa aqui para comemorar uma marca parecida com a que alcançamos em 2015”, disse, em uma apresentação para jornalistas na sede da empresa em Osasco, região metropolitana de São Paulo, nesta terça-feira (23). A marca de nove anos atrás a qual Barreto se refere foi o primeiro milhão de pedidos mensais. Hoje, essa média já supera os 97 milhões e a animação do CEO sinaliza que os nove dígitos (100 milhões de pedidos) devem ser atingidos ainda este mês.
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Ao relembrar a trajetória de crescimento do Ifood, Barreto nega que a empresa seja fruto da pandemia. “A gente já crescia muito antes e seguimos crescendo forte depois”, grifou. O executivo é oriundo do Grupo Movile, sociedade que controla a empresa. Ingressou no Ifood como CFO em 2018, ano que marcou o início da operação logística. “Muita gente acha que o Ifood entrega comida desde o começo, quando na verdade é algo ainda recente, são menos de cinco anos de logística”, explica. Hoje, 40% dos pedidos feitos no Ifood são entregues pela logística da própria empresa.
A demanda da plataforma é alimentada por 55 milhões de clientes mensais e uma base de 310 mil entregadores se encarrega de fazer com que os pedidos cheguem ao destino final. Mais de 350 mil estabelecimentos oferecem seus produtos pelo Ifood, em sua maioria, pequenos e médios restaurantes. A plataforma opera em 1.500 cidades brasileiras e o foco da expansão está em explorar novas verticais nas localidades onde já atua.
“Supermercados já estão bem cobertos pela nossa plataforma. Farmácias e pet shops já estão nesse mesmo caminho. E agora estamos em fase de teste com shopping centers”, revela o CEO. “Na grande maioria dos shoppings, já existe um hub do Ifood [para entrega de lanchonetes e restaurantes da praça de alimentação] e as lojas sempre demandaram isso da gente. Porque já estamos lá dentro, temos a logística”.
Segundo Barreto, os testes com entregas de lojas de shopping centers estão ocorrendo em poucas cidades. “Se der certo, vamos expandir”.
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Com investimentos focados em inovação, a maioria dos recursos da empresa hoje é direcionada para engenharia inteligência artificial. “Nos próximos 12 meses, a gente espera contratar, pelo menos, mais mil pessoas para essas duas áreas”, afirma o CEO. Outra parte relevante também vai para a valorização de entregadores, segundo o executivo. “Melhora de rota, melhora de experiência, melhora de botão de seguro. Junto com isso, tem todos os programas de educação”.
Em 2018, o Ifood recebeu um aporte de US$ 500 milhões da Movile, à época o maior aporte privado em uma empresa de tecnologia na América Latina. Naquele mesmo ano, a empresa começou a investir em inteligência artificial.
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“Queremos ser – isso se já não formos – uma das empresas mais capacitadas em inteligência artificial na América Latina”, afirma Marcos Gurgel, diretor de inovação do Ifood.