CEO da BlackRock faz mea culpa sobre o Bitcoin: “Eu era um cético orgulhoso”

Larry Fink disse em entrevista que a criptomoeda é um instrumento legítimo, e que a enxerga como "ouro digital"

Lucas Gabriel Marins

(Foto: Jeenah Moon/Bloomberg)
(Foto: Jeenah Moon/Bloomberg)

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O CEO da BlackRock, Larry Fink, disse em entrevista para a CNBC que era um “cético orgulhoso” e tinha uma visão equivocada sobre o Bitcoin (BTC), mas mudou de ideia após estudar o ativo digital. A opinião foi dada após a gestora divulgar um lucro líquido de US$ 1,5 bilhão no segundo trimestre de 2024.

“É um instrumento financeiro legítimo que permite talvez obter retornos não correlacionados. Você investe quando está mais assustado e acredita que os países estão a degradar a sua moeda através de déficits excessivos, e algumas nações estão (fazendo isso)”, disse.

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Ele voltou a afirmar que enxerga o Bitcoin como “ouro digital” e disse que as pessoas deveriam olhar para a criptomoeda como uma das classes alternativas de ativos existentes. Afirmou ainda que acha válido ter o criptoativo, negociado a US$ 63 mil na manhã desta terça-feira (16), no portfólio.

A propaganda em prol do BTC não é por acaso. A gigante dos investimentos, com US$ 10,64 trilhões em ativos sob gestão, tem o maior ETF (fundo de índice) com exposição direta à criptomoeda do mercado, com 316,2 mil unidades de BTC, o equivalente a US$ 20,2 bilhões.

Somente ontem, o iShares Bitcoin Trust (IBIT) – nome do ETF da BlackRock – registrou US$ 117,25 milhões de entradas líquidas, segundo dados da plataforma SoSoValue. O Grayscale Bitcoin Trust (GBTC), o segundo colocado, tem US$ 17 bilhões em criptos.

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Em fevereiro, a empresa lançou um BDR do ETF iShares Bitcoin Trust, o IBIT39, na bolsa brasileira. Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) são certificados que representam ações emitidas por empresas em outros países, mas que são negociados aqui.

EUA

Na entrevista, Fink também falou sobre as eleições nos Estados Unidos. Ele disse que os candidatos na corrida eleitoral deveriam superar as divisões no país após o atentado contra o ex-presidente Donald Trump, focar no crescimento dos mercado de capitais e reduzir o fardo das regulamentações para expandir a economia.

Thomas Matthew Crooks, o atirador de 20 anos que disparou contra o político conservador e foi morto na sequência, já apareceu brevemente em um anúncio da empresa, exibido em 2022. A propaganda foi filmada na Bethel Park High School, onde Crooks se formou.

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(Com CNBC e Bloomberg)