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A desconfiança do mercado financeiro em relação ao cenário macroeconômico do País não é suficiente para tirar o otimismo de Guilherme Benchimol, fundador e presidente do conselho de administração da XP (XPBR31). “Eu sempre gostei de cenários desafiadores”, diz.
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No primeiro trimestre de 2024, a empresa teve lucro líquido acima de R$ 1 bilhão, avanço de 29% na comparação com janeiro a março de 2023 e recorde para um primeiro trimestre. De lá para cá, porém, o pessimismo do mercado aumentou com incertezas fiscais do País e a interrupção do ciclo de cortes da Selic, taxa básica de juros. O movimento tem afetado principalmente os produtos de renda variável.
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Apesar do ambiente mais adverso, Benchimol diz estar otimista com o restante do ano e afirma que a XP tem potencial para crescer independentemente do cenário macroeconômico.
“Estou confiante que, independentemente do cenário macro, vamos continuar crescendo, e a própria trajetória da empresa prova isso”, diz. “Não teve nenhum ano da nossa história em que não crescemos em relação ao anterior. Dado o tamanho da oportunidade no Brasil, isso vai continuar acontecendo ainda por muitos anos”.
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Entre os fatores que sustentam a confiança de Benchimol está a descorrelação de parte dos negócios da empresa com o mercado de renda variável.
“Quando a gente fala dos temas de banking, seguros, de empresas e tantas novas verticais, como câmbio e investimentos internacionais, tudo isso acaba sendo proteção natural contra alguma ciclicidade do mercado”, explica.
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Além disso, um ponto a favor da companhia é o fato de não precisar criar um mercado – apenas transformar o que já existe.
“É convencer clientes que estão investindo mal em uma boa parte dos bancos e que, talvez, eles consigam experiências melhores conosco”
Fora isso, Benchimol reforça que, embora realmente alta, a Selic atual não é tão diferente da taxa média do País desde a criação do Plano Real – de 12% ao ano. É um nível que, de fato, dificulta o investimento fora da renda fixa, mas trata-se de um desafio já conhecido pelo mercado.
“Diria que no Brasil estamos acostumados justamente com a dificuldade de ter as contas públicas, talvez, bem geridas”, contextualiza. “Isso é o que, no final, faz o nosso custo de oportunidade ficar menor”.