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No encontro que analistas de mercado tiveram com a nova CEO da Petrobras (PETR4), Magda Chambriard, a sensação foi de que não haverá nenhuma mudança radical na estatal no curto prazo.
Mesmo com a volatilidade do preço do petróleo, com viés de alta, a empresa projeta uma acomodação das cotações no mercado internacional antes de tomar alguma medida, principalmente devido as expectativas de desaceleração da demanda do produto no segundo semestre.
Segundo Regis Cardoso, head de óleo, gás e petroquímicos no research da XP, que participou nesta quarta-quarta (3) do Morning Call da XP, a mensagem da presidente da companhia é de continuidade, sobretudo nos três principais temas que o mercado acompanha: políticas de preços, de investimentos e de dividendos.
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Petrobras: foco em exploração e produção
“Sobre investimentos, a nova CEO falou que a empresa seguirá o plano de negócios que está colocado. É um plano de investimentos majoritariamente na área de exploração e produção de petróleo”, comentou.
Mas, o analista ressaltou que Magda Chambriard apontou a necessidade de reposição de reservas de petróleo, sendo que a Margem Equatorial e a Bacia de Pelotas são as grandes oportunidades na produção de longo prazo.
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Cardoso não descarta possível aumento do capex no próximo plano de negócios da Petrobras, mas o foco principal deve continuar nas atividades upstream (exploração e produção).
O head da XP lembrou que em um horizonte de longo prazo, o pico de produção do pré-sal é esperado para 2032, o que exige planejar o futuro após a petroleira alcançar esta marca.
Sem mudanças na política de dividendos
Já sobre as políticas de dividendos e de preços, a CEO disse que não há expectativa de mudança em ambos os casos, segundo relatou Regis Cardoso.
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“A nossa interpretação é de que a Petrobras deve continuar sendo uma boa geradora de caixa e uma boa pagadora de dividendos, sobretudo agora no curto prazo, onde a gente tem mais visibilidade do plano de negócios e também do preço de petróleo, falando aqui de 2024 e 2025”, afirmou.
Para o analista, especificamente sobre a precificação dos combustíveis, como a gasolina e o diesel, vê-se o preço da Petrobras abaixo da referência internacional.
“Achamos que isso vai ser um tema de discussão do mercado, mas por outro lado a Petrobras deve tentar segurar essa volatilidade de preços e os repasses podem atrasar”, ressaltou.
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Visão construtiva
Em resumo, conforme ele, a reunião trouxe uma mensagem “de continuidade”. Isso, acrescenta, reforça a tese mais construtiva para Petrobras, “muito ancorada na expectativa de geração de caixa e de pagamentos de dividendos”
Segundo ainda o analista, a empresa permanece focada em aumentar a eficiência operacional e busca de net zero (emissão de gases de efeito estufa) por meio de investimentos em captura de carbono, combustíveis do futuro e energia renovável.