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O JPMorgan rebaixou a recomendação de M.Dias Branco (MDIA3) de overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra) para neutro e reduziu o preço-alvo de R$ 45 para R$ 34 por ação, ainda um potencial de alta de 20% em relação ao fechamento de segunda-feira. Já nesta terça-feira (2), os papéis MDIA3 fecharam em baixa de 4,09%, a R$ 27,21; na mínima do dia, MDIA3 caiu 6,91%, a R$ 26,41.
A equipe de research do banco afirma que a perspectiva de lucros da companhia deverá se deteriorar mais rapidamente do que o esperado, numa combinação de preços em queda e aumento dos custos de matéria-prima devido ao enfraquecimento do real.
Apesar de defender com sucesso sua participação de mercado, o JPMorgan acredita que os volumes vão gradualmente diminuir à medida que a empresa muda o foco para proteção de preços e margem. Com preços e volumes em uma luta de curto prazo e custos provavelmente em alta, analistas esperam que as margens Ebitda (Ebitda sobre receita) devem ficar significativamente abaixo dos 16% inicialmente esperados, atingindo14,4% em 2024.
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Para o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), o banco reduziu as estimativas em 13%, para R$ 1,491 bilhão, e o lucro líquido em menos 14%, para R$ 950 milhões, cerca de 12,9% e 12,5% abaixo do consenso, respectivamente.
Dessa forma, os analistas do banco avaliam que as ações da M. Dias não se recuperarão consistentemente até que aconteça uma estabilização do real e mais visibilidade sobre a capacidade da indústria de aumentar os preços para recuperar a rentabilidade, o que pode demorar mais do que o esperado, dado o desafiador ambiente de preços.
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As ações estão sendo negociada a 10,3 vezes o múltiplo de Preço (P)/Lucro (L), o que não é excessivamente caro considerando o preço-alvo (que leva a um P/L de 14 vezes).