Taxa de desemprego cai a 7,1% no trimestre até em maio e renova recorde de 10 anos

Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do IBGE, essa é a taxa de desocupação mais baixa para um trimestre móvel encerrado em maio desde 2014

Roberto de Lira

Homem mostra carteira de trabalho no centro de São Paulo (Foto: Amanda Perobelli/Reuters)
Homem mostra carteira de trabalho no centro de São Paulo (Foto: Amanda Perobelli/Reuters)

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A taxa de desemprego no Brasil recuou para 7,1% no trimestre encerrado em maio, informou nesta sexta-feira (28) o Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa ficou abaixo dos 8,3% registrados no mesmo trimestre móvel de 2023.

Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do IBGE, essa é a taxa de desocupação mais baixa para um trimestre móvel encerrado em maio desde 2014, quando também atingiu 7,1%.

O dado veio abaixo do consenso LSEG de analistas, que previa uma taxa de desemprego de 7,3%.

A população desocupada – aqueles que não tinham trabalho e buscaram por uma ocupação no período de referência da pesquisa – também diminuiu nas duas comparações: -8,8% (menos 751 mil pessoas) no trimestre e -13,0% (menos 1,2 milhão de pessoas) no ano.

Esse contingente chegou a 7,8 milhões, o menor número de pessoas em busca de trabalho desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015.

A população ocupada – o total de trabalhadores do país – foi outro indicador a atingir novo recorde da série histórica iniciada em 2012: chegou a 101,3 milhões, com altas em ambas as comparações: 1,1% (mais 1,1 milhão de pessoas) no trimestre e 3,0% (mais 2,9 milhões de pessoas) no ano.

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Além disso, os contingentes de trabalhadores com carteira (38,3 milhões) e sem carteira assinada (13,7 milhões) também foram recordes da série histórica, além do total de empregados no setor privado (52,0 milhões).

Já a população fora da força de trabalho não mostrou variações significativas em nenhuma das duas comparações, permanecendo em 66,8 milhões.

Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, afirmou em nota que o crescimento contínuo da população ocupada tem sido impulsionado pela expansão dos empregados, tanto no segmento formal como informal.

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“Isso mostra que diversas atividades econômicas vêm registrando tendência de aumento de seus contingentes. Além disso, há um fator sazonal no crescimento do grupamento de atividades Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais”, explicou.

Rendimento e massa salarial

O rendimento médio real das pessoas ocupadas no trimestre foi de R$ 3.181, sem variação significativa no trimestre, mas crescendo 5,6% na comparação anual.

Com as altas do rendimento e da ocupação, a massa de rendimentos, que é a soma das remunerações de todos os trabalhadores do país, chegou a R$ 317,9 bilhões, novo recorde da série histórica, subindo 2,2% (mais R$ 6,8 bilhões) na comparação trimestral e 9,0% (mais R$ 26,1 bilhões) no ano.

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Segundo a coordenadora, “a massa de rendimentos tem se mantido em patamares elevados devido aos recordes da população ocupada”.