Fleury (FLRY3) e Panvel (PNVL3): BBA corta preços-alvo, mas reitera compra para ações

Fleury teve preço-alvo cortado de R$ 22 para R$ 21; preço-alvo da Panvel saiu de R$ 17 para R$ 13

Felipe Moreira

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O Itaú BBA reiterou recomendação de compra para ação da Fleury (FLRY3), mas reduziu o preço-alvo de R$ 22 para R$ 21, após a companhia apresentar um primeiro trimestre mais fraco e abaixo das expectativas, com tendências de crescimento mais amenas. No entanto, analistas epseram uma recuperação no próximo trimestre.

O banco está confiante de que o Grupo Fleury está bem-posicionado para sustentar a sua trajetória de crescimento nos próximos anos.

Nesse sentido, os analistas projetaram tendências contínuas de crescimento no futuro, apoiadas pelo segmento ambulatorial e por uma maior contribuição do canal B2B, com projeção de um crescimento de 7% em base anual para 2024 e 2025.

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Além disso, o banco estima que a lucratividade manterá uma trajetória positiva, impulsionada por um melhor mix e sinergias, resultando em um aumento de 0,8 pp em
um ano na rentabilidade operacional (margem Ebitda) ajustada para 2024.

Analistas ainda esperam que as sinergias da Hermes Pardini contribuam para uma expansão de 1,1 pp em base anual nas margens ajustadas no segundo trimestre.

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Embora alguns possam levantar preocupações sobre os desafios de expandir uma marca bem estabelecida no segmento PSC (ambulatorial), a análise de indicadores para as principais empresas do setor de diagnósticos deixa explícito o desempenho impressionante do Fleury desde 2021. “A companhia tem superado consistentemente seus concorrentes em diagnósticos, demonstrando crescimento de participação de mercado impulsionado por seu forte posicionamento, reconhecimento de marca e modelo de negócios resiliente”, destaca o BBA.

Panvel (PNVL3)

Apesar dos desafios de curto prazo, o Itaú BBA manteve recomendação de compra para a ação da Panvel, graças às fortes perspectivas de crescimento no longo prazo. O preço-alvo foi reduzido de R$ 17 para R$ 13, o que ainda implica em um potencial de alta de 35% em relação aos níveis atuais.

De acordo com relatório, as recentes enchentes no Rio Grande do Sul impactaram negativamente as operações da Panvel. Seu centro de distribuição em Eldorado do Sul foi temporariamente fechado e 18 lojas da empresa foram diretamente afetadas, sendo que oito delas provavelmente serão fechadas permanentemente.

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Em resposta à tragédia, segundo o BBA, a empresa priorizou estrategicamente suas
operações de lojas próprias sobre o canal de atacado, o que deve resultar em uma significativa diluição das operações de atacado nos próximos trimestres.

Os analistas da casa projetam uma queda de 15% ao ano na receita bruta de atacado em 2024, seguida por um crescimento de 6% em 2025. Eles ainda destacam que custos logísticos mais altos no segundo trimestre de 2024 também devem pressionar a lucratividade a curto prazo.

Neste contexto, o BBA espera uma aceleração para 70 aberturas brutas em 2025 (de 60 em 2024), alcançando 859 lojas na perpetuidade (de 796 em nosso modelo anterior).

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Além da expansão de lojas, a Panvel implementou estratégias para aumentar a produtividade das lojas. Uma dessas estratégias é focada especificamente em consumidores que usam medicamentos crônicos e contínuos. “Estes indivíduos têm
uma frequência de visita 4 vezes maior e um gasto por visita 1,3 vezes maior do que a média, sendo, portanto, uma alavanca chave para aumentar as vendas médias por loja”, diz o relatório.

Para o banco, a estratégia também é provável que aumente a penetração de medicamentos de marca no mix de vendas, potencialmente pressionando a margem bruta de varejo (como observado nos resultados do primeiro trimestre). No entanto, o banco espera que isso seja mais do que compensado pelos ventos favoráveis de alavancagem operacional decorrentes da melhoria nas vendas por loja.