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O setor de produtos alimentícios se manteve em 2022 como o segmento industrial de maior importância para a indústria nacional ao contribuir com 22,5% da receita líquida de vendas (RLV) e figurar como o que mais emprega (22,8%), segundo dados da Pesquisa Industrial Anual – Empresa, divulgados nesta quinta-feira (27) pelo IBGE.
Foram gerados R$ 6,7 trilhões em receita líquida de vendas por toda a indústria em 2022, sendo R$ 436,8 bilhões nas Indústrias extrativas e R$ 6,2 trilhões nas Indústrias de transformação. O valor de transformação industrial foi de R$ 2,5 trilhões, sendo 89,3% vindo das Indústrias de transformação.
Além disso, essas empresas industriais pagaram R$ 403,7 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações, com um salário médio mensal de 3,1 salários-mínimos.
Ranking de receita de vendas
No ranking de participação das atividades industriais por receita líquida de vendas, após o setor de alimentos, o segundo lugar ficou com Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (12,4%), produtos químicos (10,8%), veículos automotores, reboques e carrocerias (7,9%) e Metalurgia (6,8%).
Dessas cinco atividades, quatro estiveram entre as maiores variações na participação de 2013 a 2022. Fabricação de produtos alimentícios se destacou, ganhando 3,6 p.p. nesse intervalo.
Nesse período, a Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias apresentou a maior redução de participação, passando de 11,3% em 2013 (2º lugar no ranking) para 7,9% em 2022 (4º lugar no ranking).
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Embora não esteja entre as principais atividades no que se refere à receita líquida de vendas, Extração de petróleo e gás natural teve uma das maiores variações, aumentando sua participação em 1,8 p.p.
Queda da ocupação na indústria na década
Pelo terceiro ano consecutivo, a quantidade de pessoal ocupado na indústria aumentou, conquistando um acréscimo de 213,4 mil pessoas (2,6%). Mesmo assim, essa alta não recuperou as perdas nos últimos 10 anos, acumulando um déficit de 745,5 mil pessoas desde 2013 (-8,3%).
Essa queda foi consequência, principalmente, da redução de postos de trabalho nas Indústrias de transformação (-745,9 mil), onde se concentra a maior parte dos trabalhadores do segmento.
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Em 2022, 8,3 milhões de pessoas trabalhavam no setor industrial, sendo 97,3% (8,1 milhões) nas Indústrias de transformação e 2,7% (225,7 mil) nas Indústrias extrativas. De 2021 para 2022, as Indústrias extrativas tiveram crescimento de 6,9% no volume de pessoas ocupadas, enquanto as Indústrias de transformação se expandiram 2,5%.
Cinco atividades concentraram 46,5% do total da mão-de-obra da indústria em 2022. O destaque foi a Fabricação de produtos alimentícios, que concentrou 22,8% do pessoal ocupado na indústria.
Embora não tenha havido alteração no ranking, a indústria alimentícia foi a única a ampliar sua participação na força de trabalho industrial frente a 2013, com aumento de 3,7 p.p. Em 2022, o setor empregou 1,9 milhão de pessoas, 9,3% a mais do que em 2013 (161,2 mil trabalhadores). Frente a 2021, essa atividade ocupou 62,3 mil pessoas a mais.
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A indústria de vestuário ocupou a segunda posição, com 7,0%, 1,8 p.p. abaixo do registrado em 2013.
Outras atividades que mais empregaram em 2022 foram: Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (5,9%); Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (5,6%); e Fabricação de produtos de minerais não-metálicos (5,2%).
No mesmo ano, o Brasil tinha 346,1 mil empresas industriais com uma ou mais pessoas ocupadas, o maior volume de empresas já registrado desde 2007 e 12,9% superior ao verificado no período pré-pandemia, em 2019.
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Essas indústrias ocupavam 8,3 milhões de pessoas, um aumento de 2,6% em relação a 2021 e de 8,8% em relação ao volume pré-pandemia, porém, com queda de 8,3% quando comparado a 2013.