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Dólar fecha em queda de quase 1% e volta a ser cotado abaixo dos R$ 5,40

Realização de lucros e exterior explicam o recuo da divisa

Felipe Moreira

Notas de dólar em foto de ilustração (Foto: Dado Ruvic/Ilustração/Reuters)
Notas de dólar em foto de ilustração (Foto: Dado Ruvic/Ilustração/Reuters)

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O dólarfechou em queda frente ao real nesta segunda-feira (14), em movimento combinado de realização dos lucros e desvalorização da moeda no exterior. A cotação terminou a sessão com recuo de 0,92%, a R$ 5,391.

Desde o dia 14 de junho o dólar não terminava o pregão abaixo dos R$ 5,40. Vale lembrar que a divisa americana fechou no maior patamar em quase dois anos na última quinta-feira.

Qual a cotação do dólar hoje?

O dólar a vista caiu 0,92%, cotado a R$ 5,390 na compra e R$ 5,391 na venda. Já o dólar futuro (DOLFUT) operava com baixa de 0,81%, indo aos 5.394 pontos, por volta das 17h25.

Pela manhã o Banco Central vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados para rolagem dos vencimentos de agosto.

Dólar comercial

Dólar turismo

O que acontece com o dólar hoje?

Ajuste de posições, realização de lucro por parte dos investidores e o enfraquecimento do dólar em escala global explicam o recuo da cotação nesta segunda-feira, que na mínima chegou a R$ 5,376.

O dollar index, que calcula a variação do dólar frente a uma cesta de moedas, tinha queda de 0,31%, aos 105.472 pontos, por volta das 17h25 (horário de Brasília).

Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX, comenta que o movimento de hoje pode ser caracterizado como realização de lucros dos investidores após a forte desvalorização do real na semana passada.

Segundo Mattos, o Boletim Focus semanal mostrou leve aumento nas expectativas inflacionárias em 2024 e 2025, interrompeu suas revisões recentes para previsão da taxa básica de Juros Selic, que se mantiveram estáveis, e teve uma alta significativa nos valores previstos para o câmbio entre 2024 e 2027, o que sugere provavelmente que as instituições financeiras já enxergam um novo patamar para as cotações do real em função dos desgastes dos dois últimos meses causados por uma elevação na percepção de riscos fiscais no Brasil e questionamento da credibilidade da condução das políticas econômicas.
A queda do dólar ante o real ocorreu em paralelo à alta firme do Ibovespa e da queda das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros), em um dia de modo geral positivo para os ativos brasileiros. A sessão transcorreu sem a divulgação de indicadores importantes e sem declarações de autoridades em Brasília que gerassem ruídos.

Investidores também aguardavam a ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, a ser divulgada na terça-feira. O documento trará mais detalhes sobre a manutenção da taxa Selic em 10,50% na semana passada, em decisão unânime.

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Além disso, há expectativa pela divulgação de dados econômicos importantes no Brasil e no exterior ao longo da semana, como o IPCA-15 brasileiro na quarta-feira e o índice de inflação PCE norte-americano na sexta-feira.

(Com informações da Reuters)