Multimercado da Studio vê retorno despencar mais de 31% e casa muda gestão

Segundo gestora, saída de Guilherme Motta se deve ao entendimento de que há uma "necessidade de alterar e reforçar a gestão da família long bias"

Bruna Furlani

Homem observa painel na B3
28/10/2021. Foto:
REUTERS/Amanda Perobelli
Homem observa painel na B3 28/10/2021. Foto: REUTERS/Amanda Perobelli

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A Studio Investimentos realizou uma alteração recente em seu quadro após ver o retorno de seu fundo multimercado Studio Long Bias FIC FIM despencar ao longo deste ano. Guilherme Motta deixou de integrar a equipe nesta semana. O executivo era gestor do produto, que possui mais de 3 mil cotistas.

Segundo a casa, a gestão do produto agora será feita por Beatriz Fortunato e Diogo Aquino, sócios seniores da empresa. Ambos já gerem conjuntamente a família long only, que responde pela maior parte do patrimônio da gestora, que possui R$ 1,01 bilhão sob gestão.

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Motta estava na casa desde 2022. Antes teve passagens por casas como GAP Asset, Squadra Investimentos e Vinland Capital. Ao ser questionada pela reportagem, a Studio informou, em nota, que a saída do executivo se deve ao entendimento da casa de que há uma “necessidade de alterar e reforçar a gestão da família long bias”. O InfoMoney entrou em contato com o executivo, mas não obteve retorno.

A Studio foi fundada em 2009 por Pedro Sauer, que atua como diretor operacional e possui passagens pela ARX Capital.

Nos últimos meses, o fundo Studio Long Bias FIC FIM vem sofrendo com retornos bem abaixo do esperado, assim como boa parcela da indústria de multimercados. No acumulado deste ano até a última terça-feira (18), a rentabilidade entregue pelo produto ficou negativa em -31,11%. No mesmo período, o CDI avançou 4,89% e o Ibovespa recuou 10,85%.

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O fundo, porém, obteve boa performance nos anos anteriores, com ganhos de 58,75% em 2022, contra 6,75% do IPCA+X e -8,55% do Ibovespa no mesmo período. Já em 2023, o produto entregou uma rentabilidade de 19,95%, acima dos 10,70% da taxa de referência (IPCA+X), mas um pouco abaixo dos 22,28% do Ibovespa.

De acordo com a lâmina do produto, a maior parte da alocação em maio estava em ações de empresas domésticas cíclicas (61,9%), seguido por companhias domésticas mais resilientes (24,3%), além de commodities (2,3%) e índices (-4,3%).