CEO do Itaú: “tudo leva a crer” que banco pagará dividendo extraordinário em 2024

Durante o evento online Itaú Day, Milton Maluhy Filho também afirmou estar confiante de que a instituição atingirá o guidance para a carteira de crédito no ano

Reuters

Milton Maluhy Filho, CEO do Itaú Unibanco, durante participação no Rio Web Summit (02/05/2023 REUTERS/Pilar Olivares)
Milton Maluhy Filho, CEO do Itaú Unibanco, durante participação no Rio Web Summit (02/05/2023 REUTERS/Pilar Olivares)

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(Reuters) – O presidente-executivo do Itaú Unibanco (ITUB4), Milton Maluhy Filho, afirmou nesta quarta-feira que “tudo leva a crer” que o banco pagará dividendos extraordinários aos acionistas referente ao exercício de 2024.

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“Olhando para as informações que temos hoje, tudo leva a crer que vamos fazer mais um pagamento extraordinário”, disse o executivo durante o evento online Itaú Day.

“Eu vejo com um grau de convicção alta de que deve acontecer, e a gente deve anunciar até o final do ano.”

Maluhy Filho afirmou que os valores serão decididos mais para a frente, conforme o banco tenha todos os dados necessários e mais segurança e confiança nos números. “Mas, certamente, o nosso objetivo não é ter capital acima de um certo patamar”, afirmou.

Para o exercício do ano passado, o Itaú pagou 21,5 bilhões de reais em juros sobre capital próprio e dividendos, sendo que desse total 11 bilhões de reais representaram dividendos adicionais.

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O executivo também afirmou estar confiante de que o guidance para a carteira de crédito no ano será alcançado, ainda que o primeiro trimestre em termos anualizados o desempenho tenha ficado abaixo das previsões do banco.

“Continuamos acreditando que vamos entregar o guidance de crescimento de carteira, que é um crescimento bastante robusto, dado o tamanho da oportunidade e os desafios macro que existem, especialmente com custo de crédito caindo nominalmente”, disse.

O Itaú tem como guidance para o ano corrente uma expansão de 6,5% a 9,5% na carteira de crédito total. No primeiro trimestre, porém, o crescimento foi de apenas 2,8% ano a ano — ou 5,6% quando excluída a variação cambial.

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O CEO ressaltou que o banco não abrirá mão de crescer com qualidade. “Não queremos ter ciclos de curto prazo em que mostramos um crescimento vertiginoso, mas que depois passamos dois, três anos explicando o custo do crédito, a margem financeira líquida.”

Ao comentar sobre competição no setor, Maluhy Filho avaliou que o Itaú está em um “momento muito, muito bom”, em que tem tem conseguido competir de igual para igual, não deixando nada a desejar a nenhum concorrente.

“O banco está muito bem posicionado, conseguimos competir em todos os negócios com muita ênfase, com muita qualidade, entregando valor e criando valor do acionista”, afirmou, reconhecendo, contudo, que “tem gente fazendo coisas muito boas no mercado” e que o banco precisa “estar atento a isso”.