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O píer temporário que os Estados Unidos financiaram para auxiliar na entrega de ajuda humanitária à Gaza não atendeu às expectativas, segundo o que organizações disseram ao jornal americano The New York Times. A obra de US$ 230 milhões provavelmente encerrará suas operações semanas antes do previsto inicialmente.
Em funcionamento há dez dias, o píer que foi anexado à orla de Gaza passou por vários reveses até a liberação da operação. O mar agitado chegou a desprender e quebrar a estrutura e o local teve que ser fechado por questões de segurança.
Engenheiros do Exército americano construíram e implantaram a estrutura em dois meses, com cerca de 1.000 soldados agora envolvidos em alguma parte do projeto. Congressistas republicanos criticaram a iniciativa por seu custo e risco potencial para as tropas envolvidas.
A ideia inicial de construção surgiu quando as autoridades de saúde alertaram que a população palestina estava em uma situação grave de fome. O governo Biden queria pressionar Israel a permitir a entrada de alimentos e suprimentos via rotas terrestres, enquanto isso, disponibilizaria uma alternativa marítima como medida paliativa.
Acontece que a alternativa não funcionou e ficou aquém do esperado, segundo as fontes do The New York Times. Israel liberou a entrada da ajuda humanitária, mas a situação continua preocupante.
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O governo de Benjamin Netanyahu alega que não há limites para a quantidade de ajuda humanitária que permite entrar em Gaza. Os discursos são de que os grupos de ajuda são desorganizados e que o Hamas rouba os alimentos e, por isso, a entrega de alimentos aos palestinianos fracassa.
O píer deveria funcionar até setembro, antes que o aumento do mar prejudicasse a operação. Porém, a previsão agora é de que não passe de julho. Até lá, o governo Biden espera conseguir uma abertura maior das rotas terrestres por Israel.
Os primeiros caminhões de ajuda começaram a desembarcar em Gaza em 17 de maio. Mas o projeto tem enfrentado dificuldades, enquanto muitos habitantes continuam em situação de fome e dificuldades, dizem grupos humanitários.
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Os EUA disseram que 3.500 toneladas de ajuda foram entregues usando o píer desde o início da operação, mas grande parte das entregas não estariam chegando à população devido a questões logísticas e de segurança.
(Com agências internacionais)