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O Brasil não perde uma oportunidade de perder uma oportunidade. Essa frase não é minha, é do Roberto Campos (Avô). Mas ontem essa frase não saiu da minha cabeça. A gente estava precisando de uma boa notícia. Depois do Non-Farm Payroll da semana passada, o mercado realmente precisava. Puxa, eu precisava. Em dia de FOMC, o CPI abriu os serviços. Zero%. Ótima notícia. A abertura, tão boa quanto. O Core? Fantástico. Curva rasgando pra baixo, bolsa rasgando para cima. Passa o almoço, vem o FOMC. Seguiu completamente o script. A curva nem piscou depois da decisão, nem depois do Dot Plot, nem depois do Q&A. Foi liso. Tudo em ordem.
Mas não por aqui. A gente tinha tudo para ter um bom dia. Juros gringos ajudando, dólar enfraquecendo, S&P na máxima histórica (de novo). Mas não. Um atrás do outro, os discursos por aqui jogaram (bastante) água no nosso chopp. Uma piscina inteira. Dissonância contra o global mais uma vez, numa continuação do mês de maio. Planos de governo mais presente na economia, planos de corrigir o fiscal via mais impostos, planos de corrigir o fiscal via menos juros, planos de… Bom, mercado reagiu como reage sempre que cutucado. O mercado gosta de resolver as coisas via mercado, não via governo. Foi (mais) um dia difícil. Sabe o que é melhor que o IPCA+6% de meados de abril? IPCA+6,45% de meados de junho.
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