Conteúdo editorial apoiado por

Âmbar avalia possibilidade de assumir controle da Amazonas Energia, dizem fontes

Negócio prevê que a Âmbar assumirá pagamentos devidos à Eletrobras pela Amazonas Energia, distribuidora que contratou a energia gerada pelas usinas adquiridas pela empresa da J&F

Reuters

Torre de transmissão em Brasília (REUTERS/Ueslei Marcelino)
Torre de transmissão em Brasília (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Publicidade

A Âmbar Energia, empresa do conglomerado J&F, está avaliando a possibilidade de assumir o controle da distribuidora de energia elétrica do Amazonas, disseram à Reuters duas fontes com conhecimento do assunto. Essa hipótese foi sinalizada na compra do portfólio de usinas termelétricas da Eletrobras ((ELET3;ELET6) anunciada nesta segunda-feira (20), em um acordo de R$ 4,7 bilhões por ativos de mais de 2 GW.

O arranjo do negócio prevê que a Âmbar assumirá pagamentos devidos à Eletrobras pela Amazonas Energia, distribuidora que contratou a energia gerada pelas usinas adquiridas pela empresa da J&F, grupo dos irmãos Batista, donos também da JBS, entre outras companhias de diversos segmentos.

Segundo uma fonte próxima da Âmbar, a empresa não vê a distribuição de energia como um setor estratégico para sua atuação, mas estaria disposta a investir na Amazonas Energia como forma de melhorar o negócio de geração das usinas.

Procurada, a Âmbar não comentou. Não foi possível falar imediatamente com representante da Amazonas Energia.

A Amazonas Energia foi privatizada em 2018, quando a Eletrobras ainda era estatal, e desde então sua nova controladora, a Oliveira Energia, não conseguiu melhorar a situação econômico-financeira da distribuição. A concessionária amazonense corre risco de caducidade da concessão. O Ministério de Minas e Energia vem avaliando alternativas para viabilizar a distribuidora, principalmente por meio da uma troca de controlador.

“O maior ativo de uma distribuidora é o tempo, período de outorga, a Amazonas tem uma concessão praticamente zerada… Com o desenho adequado, com um contrato que faz sentido, por que não transformar em um bom negócio? Esse é o olhar”, disse uma fonte próxima à Amazonas.